sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Bates Motel: Porque Você Precisa Começar a Assistir Essa Série Agora
dezembro 16, 2016

Bates Motel: Porque Você Precisa Começar a Assistir Essa Série Agora

O respeitável e aclamado clássico de Alfred Hitchcock ganhou sua versão digna de aplausos para a TV. Bates Motel veio cheio de personagens intrigantes, histórias que nos fazem prender a respiração e, se você ainda não começou a assistir, aconselho que comece agora!

Poster/Reproduçao

Para ser sincero, na época em que a primeira temporada estreou no Canal Universal, eu não me empolguei lá essas coisas porque, como muita gente que admira Hitchcock e tem um xodó especial por Psicose, eu tive medo da série não atingir as expectativas e não ser nem de perto tão boa quanto à obra que lhe inspirou. Mas eu estava enganado. Assisti alguns episódios da primeira temporada, porém depois abandonei legal a série, só agora pude voltar a acompanhar novamente.

Sim, Bates Motel superou minhas expectativas e me cativou de uma forma até inesperada. Por isso, já que coisa boa a gente divide, vou lhe conceder alguns motivos para começar uma maratona o mais rápido possível.

“Acho que quem é diferente não sabe que é, pois não tem nada com o que se comparar.” Norman Bates



Todo mundo sabia que trazer Norman Bates de volta, imerso em um cenário contemporâneo, não seria nada fácil e as consequências poderiam ser catastróficas. Mas, depois de sermos apresentados a um tímido Norman (interpretado por Freddie Highmore), vemos uma entrega total do ator ao personagem, o que deixa o expectador ainda mais preso à história.

É também fantástico observar os contrastes do tempo, quando vemos o adolescente ora ouvindo músicas em seu celular, ora preferindo o clássico LP. Em um momento ele está navegando na internet, no outro está assistindo um programa antigo em sua TV com tela de cores preto e branco. Contudo, fora esses hibridismos temporais, Norman Bates é um jovem do século XXI como qualquer outro, que tenta ter uma vida normal, fazer amigos e tirar boas notas na escola. O momento em que o adolescente se transforma no adulto psicótico parece que está um pouco longe de chegar e não parece ser tão previsível quanto pensamos.

Na verdade, logo no início, vemos que esse passado da família Bates ainda tem muitas pendências a serem resolvidas, o que vai nos ajudar a entender a origem psicótica de Norman e também o comportamento doentio de sua mãe, Norma, essencial para o desenvolvimento da história e do personagem.


E por falar em Norma…

“O Importante é que estamos juntos. Enquanto estivermos juntos nada de ruim acontecerá.” Norma Bates


Eu sei que acabei de falar que Norma Bates era uma personagem essencial para a construção do caráter do Norman Bates que conhecemos em Psicose, mas ela é muito mais que uma personagem de apoio. Norma também rouba a cena na série e cativa os fãs, além disso, a atuação impecável de Vera Farmiga, intérprete da personagem, nos faz mergulhar ainda mais no mundo obscuro de White Pine Bay e do estranho motel que a família adquiriu.

Norma também tem suas dores e passa por inúmeras provações desde o episódio de estreia. Ela precisa lidar com seus próprios problemas, além de ter de cuidar do filho que, embora ela faça o possível para que tenha uma vida normal, é visivelmente perturbado. Mas a senhora Bates também tem sua dose psicótica, e a série nos explica isso contando sua história, nos apresentando a mulher dura na queda e que tem uma relação patológica com o filho, beirando talvez um complexo de Édipo.

“Algumas coisas têm consequências, Norma. Você está olhando para uma. Sou uma consequência.” Dylan Massett


É claro que para contar o passado de uma história seríamos apresentados a novos personagens. Dylan (interpretado por Max Thieriot) é o irmão mais velho de Norman e não é muito bem quisto por sua mãe. A relação entre os dois está sempre por um fio, embora os irmãos se deem muito bem.

É por meio do destemido rapaz que conhecemos mais a fundo White Pine Bay e seus habitantes turvos, misteriosos e, muitas vezes, perigosos. Além disso, Dylan parece não despertar bons sentimentos na mãe, o que nos dá mais uma pista de que Norma Bates é uma complexa personagem e que ainda existe muito, mas muito mesmo para ser revelado sobre a personagem.

Assim, ainda que seja um coadjuvante, Dylan parece ser uma peça essencial para entendermos mais sobre a família Bates.

“Eu nunca me sinto bem, Norman, mas a vida segue.” Emma Decody


Embora Norman seja do tipo que não faz muitos amigos, logo de cara ele e Emma (interpretada por Olivia Cooke) constroem uma grande amizade que, se dependesse da garota, seria mais que isso.

Abandonada pela mãe e filha de um apaixonado por taxidermia, a garota que não pode desgrudar um segundo do cilindro de oxigênio não deixa que isso a impeça de fazer o que quiser e ter uma vida como a de qualquer outro adolescente. Ela logo conquista a amizade de mãe e filho e mostra que também tem um papel fundamental na série e no desenvolvimento da história dos Bates.

Bem, acompanhando até aqui, ouso dizer que Hitchcock tiraria o chapéu para Bates Motel e, se ele faria isso, garanto que você também o fará. Além de personagens cativantes e atuações fantásticas, o enredo é daqueles que não nos deixa respirar, mantendo a história sempre interessante e inusitada, claro, sem deixar de lado a atmosfera densa e turva de uma cidade que parece esconder muito, e de uma família que tem mais problemas do que podemos imaginar.


Então, pessoal, por hoje é isso! Boa maratona de Bates Motel pra vocês e até semana que vem!

Créditos: CitaçãoDeHéroi

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