sábado, 26 de janeiro de 2019

A Arte de Viver um Dia de Cada Vez
janeiro 26, 2019

A Arte de Viver um Dia de Cada Vez

O tempo, implacável tirano, cada dia se torna mais exigente. Cada vez nos sentimos mais oprimidos por suas exigências. Quanta gente supõe que, para ser feliz, tem que se submeter aos rígidos ditames da vida moderna!

Um post para refletir!

CORRIDA CONTRA O TEMPO

Esse tirano implacável chamado TEMPO se torna cada vez mais exigente, deixando-nos à mercê de seus caprichos. Sentimo-nos cada vez mais oprimidos por suas exigências. Os rigorosos padrões de produtividade que a vida moderna exige nos obrigam a fazer mais em menos tempo, como se estivéssemos vivendo contra o relógio.

Outro dia dei de encontro com um amigo na rua. Tinha a língua para fora, carregava sua pasta em uma mão, uma bolsa enorme na outra, e tinha um telefone celular comprimido entre uma orelha e o ombro, pelo qual falava de maneira um tanto frenética. Estava levando a sua roupa à lavanderia, depois ia ao supermercado para então buscar os filhos, e, por fim, planejava pedir uma pizza pois não ia ter tempo para cozinhar. Meu amigo é um homem moderno que vive a vida às pressas, correndo como um louco. Também falei por telefone com uma amiga que se mudou faz dois meses para um novo apartamento com sauna, piscina, e quadras de tênis, tudo que ela ainda não tinha usado.


Quanta gente supõe que, para ser feliz, tem que se submeter aos rígidos ditames da vida moderna!


SEM TEMPO PARA VIVER

A Arte de Viver um Dia de Cada Vez

Não temos tempo para ler um bom livro, escrever uma carta, admirar o pôr-do-sol, conversar com tranquilidade, sair com nossos amigos, escutá-los. Não temos tempo nem para saborear a comida que comemos. Esquecemos que, para fazer bem a digestão, temos que prestar atenção ao que ingerimos, saboreando os alimentos com todos os nossos sentidos. Muitas vezes comemos correndo, e tantas outras nem sequer almoçamos por culpa do trabalho.

Para nós, falta tempo até para comer com dignidade.

- É que o lema é não perder tempo, custe o que custar. Tanto é assim que, se parássemos para pensar, nos daríamos conta de quão caro está nos custando viver assim. Pagamos com a saúde, com os nossos relacionamentos e com as nossas vidas.

Não temos tempo para viver. Onde vamos parar?

E AS NECESSIDADES ESPIRITUAIS?



Se voltássemos ao passado para encontrar a origem desta vida desenfreada que corremos, chegaríamos à revolução industrial, que marcou o fim da vida ligada tradicionalmente ao cultivo da terra. O paradoxo é que, com os avanços tecnológicos, fomos perdendo o contato com as nossas necessidades. É que o ser humano com sua enorme complexidade e vivendo num mundo material, acabou esquecendo das necessidades de sua alma, porque em essência somos seres espirituais.

As necessidades materiais são respeitadas, na medida do possível. Mas as espirituais às vezes passam para o segundo plano, apesar do fato de, se as preenchêssemos, seríamos mais felizes, teríamos menos estresse e viveríamos com mais paz.

Em primeiro lugar, nos deixamos ser influenciados pelos costumes coletivos, que exercem uma força quase irresistível sobre nós. Com a passagem dos anos acabamos nos rendendo por completo a esses costumes. Como todos correm, eu também corro; como todos assistem televisão quando comem, eu também assisto; como todos fazem várias coisas ao mesmo tempo, eu também faço assim, quase sem nos darmos conta do que estamos fazendo.

VIVER O PRESENTE

A Arte de Viver um Dia de Cada Vez

Vivemos o presente com algumas recordações do passado, ou fazendo planos para o futuro. Voltarei a estudar quando os filhos crescerem, vou começar a fazer exercício quando tiver menos trabalho, vou me vestir melhor quando emagrecer. Mas esse quando mítico parece não chegar nunca.

Mas é preciso somente mudar de perspectiva para desfrutar do presente. Em vez de seguir vivendo como loucos para sermos produtivos e provar que somos capazes de seja lá o que for, deveríamos exercitar a arte de viver cada dia.

A única coisa que falta é confiança no próprio processo da vida.

É que a vida e o universo têm seu próprio ritmo. Ter saúde é estar em sintonia com o ritmo da vida. Quando aceleramos nosso ritmo, ficamos doentes.

Sempre estamos em tempo para voltar a um ritmo saudável de vida, para voltar a prestar atenção ao que fazemos, para relembrarmos que somente há vida no presente. É uma aventura, um processo, uma das belas artes.

Via DiscoveryBrasil.com
María Fernanda Silva é escritora e artista plástica brasileira.

4 comentários:

  1. Oi Walterlan, ótimo texto! Realmente vejo muita gente fazendo tudo e não tendo tempo para nada. Me considero uma privilegiada, pois apesar de não ser rica (falando em questão de ter dinheiro mesmo), posso me dar ao luxo de ir devagar. Ainda moro com meus pais, não tenho pressão para sair daqui e posso cuidar de mim, e deles (antes mesmo que fiquei idoso e precisem de cuidados). Ano passado porém passei mais tempo deixando as coisas pra fazer depois do que fazendo e percebi que gerenciar o tempo é fundamental. Tendo pouco ou muito disponível (como é meu caso).

    Beijos;

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  2. Viver um dia de cada vez com intensidade.
    É o meu lema.
    Aquele abraço, boa semana

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  3. Ótimo reflexão.

    www.paginasempreto.blogspot.com.br

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  4. Boa reflexão. O difícil é colocar isso em prática.
    Boa semana!

    Jovem Jornalista
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    O blog está em HIATUS DE VERÃO até o dia 23 de fevereiro, mas tem post novo. Comentarei nos blogs amigos nesse período.

    Até mais, Emerson Garcia

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