segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Meus Discos #16 – CD “Stanley Climbfall” Lifehouse
novembro 25, 2019

Meus Discos #16 – CD “Stanley Climbfall” Lifehouse

Lifehouse estreou em 2000 com o seu sucesso No Name Face, álbum já comentado aqui. Após vários meses de preparação e uma aparente mudança de objetivo, o Lifehouse lança seu segundo álbum, o excepcionalmente intitulado Stanley Climbfall.

"Todo mundo tem seus altos e baixos", afirmou o vocalista Jason Wade na época do lançamento. "E depois de muito jogo de palavras, uma música chamada 'Stand, Climb, Fall' foi transformada em um personagem cotidiano chamado ''Stanley Climbfall'', que passa por esse tipo de mudança". 

Enquanto o disco No Name Face era composto de faixas frequentemente melancólicas, escritas com as frustrações, desejos e esperanças de Jason Wade, Stanley Climbfall caminha em outra direção. "A maioria das coisas não está escrita em conflito", continua ele, "é realmente positiva". E mais positivo é mesmo. Os elementos cristãos e espirituais das letras de Jason Wade são mais evidentes aqui, no entanto, Wade nunca pronunciou o nome do Criador, substituindo por um "Você" ambíguo.

Capa do álbum ''Stanley Climbfall''

Lançado em 17 de setembro de 2002. O álbum começa com um encontro com alguém especial - possivelmente Deus - coloca um "giro" positivo na vida do cantor e lhe dá significado. De fato, muitas dessas faixas estão abertas à interpretação espiritual. Na canção "Wash", traz uma pessoa que enfrenta tempos difíceis e onde encontra uma presença que refrigera sua alma ("Você me lava como a chuva ... tudo que eu sabia era olhar para você, meu raio de sol" diz a letra da canção traduzida). As letras de Jason Wade costumam retratar um certo grau de busca, mas ele tende a deixar as interpretações finais para o ouvinte.

Na canção "Anchor" diz: "Eu nunca vou ficar sozinho / Você nunca vai me deixar ir/ Você é minha âncora." Mensagens semelhantes de cura emocional e companheirismo aparecem em "Sky Is Falling", "Take Me Away", "Empty Space" e "Out of Breath". Fica claro aqui que o vocalista Jason Wade - cujos pais eram missionários em Hong Kong - anseia viver vitoriosamente ("Será que eu vou descobrir") e fielmente de olho em uma eternidade feliz, na canção "The Beginning".

Sobre um olhar no significada de cada canção, "The Sky Is Falling" é sobre complacência e foi escrito como uma revelação para os dias que seguirão depois do 11 de setembro de 2001, dizendo como as pessoas poderiam facilmente voltar a seguir suas rotinas regulares. Também poderia ser um grito de desespero em relação ao fácil retorno ao pecado, ou o medo de que muitos nunca realmente entendam o amor de Cristo: "Estou vivo, mas diga-me que estou livre? Tenho olhos, mas diga que posso ver?" "Não deve ser difícil de acreditar. Não deve ser tão difícil de respirar. O céu está caindo e ninguém sabe."

Já a canção ''Am I Ever Gonna Find Out?'' diz respeito à frustração de nunca saber todas as respostas na vida, principalmente se estamos ou não tomando as decisões diárias corretamente: "A paciência pode esperar por agora. Acho que esperei por muito tempo. Você sempre deu uma escolha e o direito estar errado. Toda a minha vida passou por suas mãos." Já ''My Precious'' é uma das minhas favoritas do álbum. É tão bonita e os efeitos da guitarra funcionam tão bem que são realmente incríveis também. Com certeza identifica a maravilhosa natureza experimental de Lifehouse.

Do ponto de vista musical, o som do álbum ainda oferece comparações com canções do Pearl Jam e apresenta algumas músicas de rock bem engraçadas e animadas, que eu particularmente gosto muito. Os vocais do Jason estão mais fortes do que nunca, pois o álbum mostra mais experimentação vocal da parte dele. Quanto às letras, Lifehouse mostra uma vibe cristã. Eles não tentam fazer uma lavagem cerebral através de mensagens subliminares nas canções. Eles simplesmente dão a perspectiva da vida, universo e tudo mais, como disse mais acima, fica aberto a interpretação de cada um.  

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