sexta-feira, 27 de março de 2020

O polêmico mundo de Osho em "Wild Wild Country"
março 27, 2020

O polêmico mundo de Osho em "Wild Wild Country"

Há algum tempo estava pra falar da série documental da Netflix ''Wild Wild Country''. A cada episódio uma loucura diferente. Pois é, todos os acontecimentos filmados aconteceram de verdade o que torna essa história mais estranha do que uma ficção.

Wild Wild Country é uma série documental produzida pela Netflix, que conta a história de Rajneeshpuram, uma comunidade criada no Oregon (EUA), nos anos 80, pelo guru indiano Bhagwan Shree Rajneesh – também conhecido como ''Osho'' (Parece familiar? Talvez você já leu alguma citação dele por aí). Ao longo de seis episódios, os cineastas Chapman Way e Maclain Way entrevistaram os seguidores de Rajneesh, policiais e moradores da pequena cidade de Antelope (que fica localizado no Oregon), bem ao lado de onde toda essa história começou.

Bhagwan Shree Rajneesh (Osho) era um líder religioso indiano que tinha muitos, tem muitos (acho que tem muitos ainda) seguidores lá na Índia e por algum motivo ele decidiu sair lá da Índia e veio pros EUA (talvez visando uma liberdade maior na terra do Tio Sam). E foi onde tudo começou, lá no ano de 1981, Rajneesh e seus seguidores compraram 64.229 acres no condado de Wasco, em Oregon. O objetivo era construir uma cidade, onde seus seguidores, que se vestiam com roupas vermelhas e usavam retratos de seu líder ao redor do pescoço, pudessem cultivar sua própria comida, lutar contra seus próprios demônios e viver em felicidade utópica, livres de qualquer influência externa.

Bhagwan (o Osho)

Bhagwan (o Osho) era o líder da turma, mas quem mandava mesmo era sua secretária pessoal, Ma Anand Sheela, uma indiana bonita, carismática, inteligente e extremamente arrogante, que comandava o exército de Rajneeshes com a mão firme de um general. Sob o comando dela, os discípulos ergueram a cidade de Rajneeshpuran, um verdadeiro oásis no meio dos cenários inóspitos e montanhosos do Oregon. A cidade tinha pista de pouso, imensas plantações, escolas, hospitais, e até uma represa que produzia a energia elétrica consumida.

Você provavelmente deve estar imaginando onde tudo isso poderia parar, mas a verdade é que o desenrolar dessa história pode ser muito surpreendente. Por isso, cada uma das seis horas de duração da série são fascinantes e de deixar qualquer um boquiaberto.

Pessoal, a verdade é que a comunidade de Rajneeshpuram se tornou um grande problema para os 40 moradores da minuscula cidade vizinha, Antelope. A diferença de valores entre os Rajneeshee (como eram chamados os seguidores de Rajneesh ou Osho) e os fazendeiros locais de Antelope explodiu em um conflito massivo que chamou a atenção do governo.

Quando terminei de assistir a série, fiquei pensando em como entender uma pessoa que deixa tudo, até mesmo sua família e passa a adorar uma outra pessoa assim de forma tão absoluta, como se fosse um deus. Peço perdão pelo que escrevo aqui, afinal é preciso respeitar cada um, mas não dá pra entrar, estou falando de adorar uma pessoa de carne e osso como nós. Talvez isso é explicável pelo fato das pessoas estarem sempre em busca de algo a mais em suas vidas, algo que sempre está faltando, mas elas mesmos não conseguem explicar. Ou é apenas falta de senso crítico mesmo.  Ao longo dos episódios não dá para defender as ações dos Rajneeshees, apesar da postura conservadora do estado de Oragon ser motivo de crítica. Tudo é questionável. E uma história indigesta. O que se passou nessa comunidade é condenável de todas as formas, estou falando de tentativas de assassinato, deportações, drogas e muitas outras coisas descritas durante toda a série documental, além de ter resultado no primeiro ataque de bioterrorismo na história dos EUA. É pior que a ficção.

Nos leva a reflexões de todos os tipos. É difícil acreditar, mas tudo ali foi real... Bem, é complicado a tarefa de resumir o documentário aqui e tudo o que é nos mostrado, dado a tantos plot twists que fariam qualquer showrunner ficar de queixo caído. Incêndios, envenenamentos, espionagem, burocratas... Quanto menos eu detalhar aqui de "Wild Wild Country" melhor. Apenas assista e tire suas conclusões. Fico aqui.

Um comentário:

  1. Vou assisti, sim. Já vou adicionar. Fiquei curioso.

    Bom fim de semana!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

    ResponderExcluir