Mostrando postagens com marcador series. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador series. Mostrar todas as postagens

sábado, 18 de abril de 2020

Estava eu lá zapeando na televisão e descobri uma série com o título interessante “Deus me adicionou” (“God friended me”, no original). “Deus não existe”, é o que diz Miles, entre risos, em seu podcast. Mas enquanto Miles diz não acreditar em Deus, Deus acredita nele. Além disso, Deus - ou, deveríamos dizer, "Deus" - quer um relacionamento com ele.

Até que um tal “Deus” quer ser seu amigo nas redes sociais e sabe de tudo, prevê tudo e controla tudo. Acreditar ou não acreditar, Hein Miles? Essa é a questão da série “Deus me adicionou”, a série que põe à prova a fé por meio de caminhos e mensagens misteriosos no celular.

Na série descobrimos que é preciso mais do que um simples pedido de amizade no Facebook para convencer Miles da realidade de Deus, naturalmente. As feridas espirituais que ele carrega são profundas demais para isso. Ele imagina que o homem ou a mulher por trás do perfil no Facebook está ''trollando'' ele.

God Friended Me

Uma vez “amigo de Deus”, Miles recebe novas sugestões de amizade. Não demora a descobrir que os nomes sugeridos são pessoas que ele deve salvar. E, assim, ele vai se envolver com outras pessoas e entrar em conflito com sua (falta de) fé. A cada nova episódio, uma nova “salvação”.

Sozinho ninguém chega a lugar algum, e Miles vai contar com a ajuda da jornalista Cara Bloom (interpretada por Violett Beane), uma das pessoas que ele ajudou; do hacker Rakesh (interpretado por Suraj Sharma), que vai, a todo custo, tentar desmascarar o “Deus” do Facebook; e de Ali (interpretada por Javicia Leslie), sua irmã, que é estudante de psicologia durante o dia e à noite trabalha num bar.

Através do relato de “Deus”, Miles, Rakesh e Cara estão se conectando e com pessoas profundamente carentes: os pobres, os que sofrem com traumas e raiva. Miles começa a servir como mãos e pés de seu amigo divino do Facebook - ajudando as famílias a consertar seus relacionamentos, dando uma ou duas palavras orientadoras a alguém em uma encruzilhada moral. Quem quer que seja Deus, ele (ou ele) tem um talento real para saber quem poderia usar alguma ajuda oportuna.

Ao longo do caminho, talvez Miles, Rakesh e Cara também possam encontrar maneiras de curar suas próprias feridas. De fato, o processo já começou. Cara se reúne com sua mãe, que deixou a cidade quando Cara era apenas uma garotinha. Rakesh aprende a importância da vulnerabilidade. E Miles começa a dar os primeiros passos para se reconciliar com seu pai pastor, Arthur, que ficou profundamente magoado quando Miles se afastou da fé.

Interessante mencionar que “Deus me adicionou” me lembra uma comentada série aqui chamada “O Toque de um Anjo” que acompanhei na infância. Na época exibida em inúmeros horários na grade da Warner Channel, principalmente no horário das 13h, justamente esse horário que foi ao ar essa série nova série, também na WB. 

Apesar da comédia por trás dessa série, eu gostaria de algo mais firme e dramático igual já vi em outras produções do gênero. Em um cenário televisivo saturado de dramas sombrios, com bruxas, vampiros, lobisomens, assassinatos etc.. “Deus me adicionou” vem com uma proposta quase esquecida da televisão e até executa bem. Infelizmente tive a grata surpresa do cancelamento da série, uma pena.

Eu soube até mesmo que o Brandon Micheal Hall, estrela da série, é cristão. Sua mãe na vida real era pastora e ele cresceu na igreja: então, interpretar um ateu, ele admite, foi um desafio. "Gosto de assumir papéis desconfortáveis", disse ele durante uma entrevista. Ele acrescentou que o programa foi desenvolvido para facilitar conversas sobre um dos assuntos mais importantes, mas delicados da atualidade: a fé.

Considero a série ambiciosa (no melhor sentido), até audaciosa, em seus objetivos. Em um cenário televisivo em que a religião é frequentemente retratada como uma ferramenta cruel, ou feita de zombaria pela maior parte da indústria ou um traço de caráter risível, a série sugere que Deus e a fé podem ser condutores para mudanças bem-vindas, remédios para nossos tempos conturbados. Como mencionado, parece um pouco a série, O Toque de um Anjo e até mesmo "Joan of Arcadia" (que também já comentei por aqui). Por isso, recomendo!
A espiritualidade com leveza e humor em “Deus Me Adicionou”
abril 18, 2020

A espiritualidade com leveza e humor em “Deus Me Adicionou”

sexta-feira, 27 de março de 2020

Há algum tempo estava pra falar da série documental da Netflix ''Wild Wild Country''. A cada episódio uma loucura diferente. Pois é, todos os acontecimentos filmados aconteceram de verdade o que torna essa história mais estranha do que uma ficção.

Wild Wild Country é uma série documental produzida pela Netflix, que conta a história de Rajneeshpuram, uma comunidade criada no Oregon (EUA), nos anos 80, pelo guru indiano Bhagwan Shree Rajneesh – também conhecido como ''Osho'' (Parece familiar? Talvez você já leu alguma citação dele por aí). Ao longo de seis episódios, os cineastas Chapman Way e Maclain Way entrevistaram os seguidores de Rajneesh, policiais e moradores da pequena cidade de Antelope (que fica localizado no Oregon), bem ao lado de onde toda essa história começou.

Bhagwan Shree Rajneesh (Osho) era um líder religioso indiano que tinha muitos, tem muitos (acho que tem muitos ainda) seguidores lá na Índia e por algum motivo ele decidiu sair lá da Índia e veio pros EUA (talvez visando uma liberdade maior na terra do Tio Sam). E foi onde tudo começou, lá no ano de 1981, Rajneesh e seus seguidores compraram 64.229 acres no condado de Wasco, em Oregon. O objetivo era construir uma cidade, onde seus seguidores, que se vestiam com roupas vermelhas e usavam retratos de seu líder ao redor do pescoço, pudessem cultivar sua própria comida, lutar contra seus próprios demônios e viver em felicidade utópica, livres de qualquer influência externa.

Bhagwan (o Osho)

Bhagwan (o Osho) era o líder da turma, mas quem mandava mesmo era sua secretária pessoal, Ma Anand Sheela, uma indiana bonita, carismática, inteligente e extremamente arrogante, que comandava o exército de Rajneeshes com a mão firme de um general. Sob o comando dela, os discípulos ergueram a cidade de Rajneeshpuran, um verdadeiro oásis no meio dos cenários inóspitos e montanhosos do Oregon. A cidade tinha pista de pouso, imensas plantações, escolas, hospitais, e até uma represa que produzia a energia elétrica consumida.

Você provavelmente deve estar imaginando onde tudo isso poderia parar, mas a verdade é que o desenrolar dessa história pode ser muito surpreendente. Por isso, cada uma das seis horas de duração da série são fascinantes e de deixar qualquer um boquiaberto.

Pessoal, a verdade é que a comunidade de Rajneeshpuram se tornou um grande problema para os 40 moradores da minuscula cidade vizinha, Antelope. A diferença de valores entre os Rajneeshee (como eram chamados os seguidores de Rajneesh ou Osho) e os fazendeiros locais de Antelope explodiu em um conflito massivo que chamou a atenção do governo.

Quando terminei de assistir a série, fiquei pensando em como entender uma pessoa que deixa tudo, até mesmo sua família e passa a adorar uma outra pessoa assim de forma tão absoluta, como se fosse um deus. Peço perdão pelo que escrevo aqui, afinal é preciso respeitar cada um, mas não dá pra entrar, estou falando de adorar uma pessoa de carne e osso como nós. Talvez isso é explicável pelo fato das pessoas estarem sempre em busca de algo a mais em suas vidas, algo que sempre está faltando, mas elas mesmos não conseguem explicar. Ou é apenas falta de senso crítico mesmo.  Ao longo dos episódios não dá para defender as ações dos Rajneeshees, apesar da postura conservadora do estado de Oragon ser motivo de crítica. Tudo é questionável. E uma história indigesta. O que se passou nessa comunidade é condenável de todas as formas, estou falando de tentativas de assassinato, deportações, drogas e muitas outras coisas descritas durante toda a série documental, além de ter resultado no primeiro ataque de bioterrorismo na história dos EUA. É pior que a ficção.

Nos leva a reflexões de todos os tipos. É difícil acreditar, mas tudo ali foi real... Bem, é complicado a tarefa de resumir o documentário aqui e tudo o que é nos mostrado, dado a tantos plot twists que fariam qualquer showrunner ficar de queixo caído. Incêndios, envenenamentos, espionagem, burocratas... Quanto menos eu detalhar aqui de "Wild Wild Country" melhor. Apenas assista e tire suas conclusões. Fico aqui.
O polêmico mundo de Osho em "Wild Wild Country"
março 27, 2020

O polêmico mundo de Osho em "Wild Wild Country"

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Um belo dia estava eu andando por uma loja procurando um novo livro para ler. Quando olho para baixo e lá estava o livro ''1001 Séries De TV Para Assistir Antes De Morrer'' um pouco longe da vista da maioria das pessoas. Só aqueles mesmo que costumam olhar de cima abaixo que notariam ele ali. Bem, o valor do livro logo me chamou atenção. Pasmem, foi apenas 9,99 contra 89,90 de um site aí brasileiro que vende livros. Não poderia perder essa, tratei logo de comprar mesmo com o orçamento apertado (rsrs). 

Não preciso nem dizer que meu amor por seriados é antigo. Aprendi a acompanhar essas produções com minha mãe. Lá na infância eu costumava assistir junto a ela séries de TV, das mais variadas, na época séries que iam ao ar no SBT e até mesmo séries legendadas no Warner Channel e no canal Sony. Não sei se já comentei aqui, mas eu demorei aprender a ler. Foi um pouco tarde em relação a outras crianças da minha idade. Logo ela me dizia que se eu tentasse ler aquelas legendas já era uma forma de praticar a leitura. O que me deixava zangado era as legendas passando rapidamente na troca de diálogo dos personagens (rsrs). Seja como for, ao longo da minha infância e adolescência acompanhei inúmeras produções, das mais variadas, das séries juvenis para minha idade à séries mais adultas não recomendadas para minha idade (quem nunca?), é por isso que costumo uma vez ou outra fazer listinha de séries aqui no blog de algumas produções que acompanhei.

Livro: “1001 Séries De TV Para Assistir Antes De Morrer”

Voltando ao foco no livro, cá estou animado com a leitura de ''1001 Séries De TV Para Assistir Antes De Morrer''. Comecei a folhear e me perdi nas horas. É muita páginas, muitas produções que eu nunca sequer ouvi falar, mas também muitas produções que marcaram minha infância e adolescência ganharam uma menção nesse livro especial. É de conhecimento de todos que nos últimos anos, as séries de TV conquistaram incrível popularidade, tornando-se uma das atrações favoritas entre os telespectadores, muita pela popularização também da Netflix em nosso país que mudou o jeito das pessoas acompanhar tevê. O que me deixa feliz, o povo brasileiro está deixando de acompanhar telenovelas (é pra aplaudir de pé). Com o tempo, essas produções ganharam roteiros cada vez mais sofisticados e produções que não ficam devendo nada à indústria cinematográfica.

Diante da infinidade de opções para escolher e um número imenso de canais pelos quais zapear, é difícil saber o que realmente merece a nossa atenção. Incluindo comédias clássicas como A Feiticeira e Friends, documentários de tirar o fôlego como Life on Earth e Cosmos, dramas cheios de reviravoltas como The Quartermass Experiment e Forbrydelsen, o livro apresenta tanto obras premiadas e que marcaram época quanto programas recentes, populares, polêmicos ou revolucionários. O que me deixou surpreso no livro foi produções brasileiras serem incluídas, telenovelas como O Clone, constam nessa lista.

Lançado no Brasil pela editora Sextante, o livro reúne as séries mais famosas e importantes da TV nos últimos 70 anos. Como disse, a obra não se restringe apenas as séries produzidas nos Estados Unidos, programas de TV veiculados no Brasil, Coréia do Sul, Nova Zelândia, Dinamarca e Reino Unido. “1001 Séries de TV Para Assistir Antes de Morrer” traz desde de clássicos como A Feiticeira e Friends, séries aclamadas como Breaking Bad e programas documentais também.

O que me deixou impressionado também foi as ricas ilustrações do livro e cheio de curiosidades sobre atores, roteiros e gravações, o guia realmente é uma viagem investigativa tão viciante quanto as nossas séries favoritas. Escrito por um time de especialistas e aficionados, 1001 séries de TV para assistir antes de morrer apresenta títulos populares ao lado de produções obscuras, ajudando você não só a conhecer melhor as atrações que já acompanha como também a descobrir programas 'novos' e surpreendentes. Eu indico!
Livro: “1001 Séries De TV Para Assistir Antes De Morrer”
agosto 21, 2019

Livro: “1001 Séries De TV Para Assistir Antes De Morrer”

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Sempre há aquelas séries que nos marcam e personagens inesquecíveis que sempre recordaremos com muito carinho, também há episódios memoráveis que nunca esqueceremos por este ou aquele motivo. Os finais de séries e/ou temporadas são propícios a emoções fortes e a ficarem gravados nas nossas memórias, mas nem sempre são esses os melhores ou os mais marcantes. Aqui ficam então alguns dos meus episódios preferidos do mundo das séries e que nunca esquecerei. Nem todos eles foram estrondosos em termos de enredo, mas têm em comum o fato de me terem agarrado fortemente como poucos outros foram capazes.

Ilustração: OPlanetaAlternativo.com


1. O Toque de um Anjo
(Touched by An Angel, 1994-2003)

Episódio: 5x09 “O Salmo 151” (Psalm 151) 

Ainda lembro como se fosse ontem, quando minha mãe me chamou para assistir ao final do episódio ''Psalm 151'' da série Touched by an Angel que ela sempre assistia nos fins de tarde da Warner. Eu tava louco para assistir Dragon Ball Z no Cartoon. hahahah. Mal sabendo eu que essa série ia se tornar uma das minhas favoritas para o resto da vida.

Para quem ainda não conhece, vale a apena apresentar. Mônica (interpretada por Roma Downey) é um anjo-da-guarda moderno enviado constantemente à Terra para ajudar pessoas em situação adversa. Que precisam mudar suas vidas antes que seja tarde demais. Belíssima figura angelical, ela é uma espécie de assessora de Deus. Mônica confia em seu talento e nas força dos milagres para cumprir suas missões divinas, inspirando os desiludidos com amor e esperança, administrando duras lições aos desencaminhados ou enfrentando o diabo em pessoa.  Mônica acaba sempre se envolvendo apaixonadamente com a vida das pessoas que precisam de sua ajuda. Humanos que necessitam de o toque de um anjo. Às vezes, entretanto, ela chega perto demais dos objetos de suas missões. É nestas ocasiões que o anjo supervisor, Tess (interpretada por Della Reese), aparece para colocar Mônica de volta a suas tarefas divinas. Esperta e sarcástica, Tess não é facilmente enganada.
Junto com elas, há Andrew (interpretado por John Dye), um amável anjo da morte que, apesar da função, não provoca medo, pois também ajuda na solução dos problemas. Quem quer que cruze pelo caminho de Mônica, Tess e Andrew acaba sentido realmente O TOQUE DE UM ANJO.

No episódio ''Salmo 151'' a série chega ao seu centésimo episódio. Nesse episódio Mônica recebe a missão de ajudar o pequeno Petey (interpretado por Joseph Cross) a realizar antes de sua morte, uma lista com 9 desejos. E um deles está em ajudar sua mãe a terminar uma música de louvor pelo seu nascimento. O que levou Audrey (mãe de Petey, interpretada por Wynonna Judd) a escrever, foi por não encontrar nos 150 Salmos da Bíblia, nenhuma expressão que correspondesse a alegria pela vinda do seu primeiro filho. E em agradecimento a Deus, começa compor os primeiros versos do Salmo 151… podendo ser essa canção suas últimas palavras de amor a seu filho. “Testemunharei o Amor” conduz o espectador a um encontro pessoal e inesquecível com Deus. Uma combinação perfeita de música e fé, capaz de mergulhar o público em questionamentos profundos, negados a se fazer ao longo dessa passagem chamada VIDA. O episódio aborda um tema forte, delicado e de acontecimento inevitável em nossas vidas: A Morte.

Um dos finais de episódios mais lindos que eu já acompanhei. Para vocês terem noção eu já assisti esse episódio umas 200 vezes e nunca me cansou. Tudo é muito bem feito e a parte ruim é que é apenas 45 minutos (tempo padrão de episódio). O episódio foi tão marcante na minha vida que fiz um post falando apenas sobre ele, segue aqui.

Cada desejo tinha um significado grande e profundo para Petey. Que apenas assistindo ao episódio para poder então entender tudo. Por isso, os convido para assistir. Além da participação especial de Wynonna Judd & Celine Dion.

2. One Tree Hill: Lances da Vida(One Tree Hill, 2003-2012)

Episódio: 3×16 “With Tired Eyes, Tired Minds, Tired Souls, We Slept”

Recentemente falei de One Tree Hill aqui no blog em Minha Memória de Séries. Uma das melhores séries que assisti na minha adolescência. Uma série que fala sobre amores e perdas adolescentes numa cidade pequena, abordando vários temas, como amor, amizade, rivalidades e traição, e explora as razões por trás deles.

Apesar da paixão pelo basquete, aparentemente Lucas e Nathan são dois jovens com poucas coisas em comum — exceto pelo nebuloso segredo de que os dois têm o mesmo pai. Situada na cidade fictícia de Tree Hill, Carolina do Norte, os meios-irmãos Lucas (interpretado por Chad Michael Murray) e Nathan (interpretado por James Lafferty) inicialmente eram rivais dentro e fora das quadras de basquete. Aos poucos os dois ficam amigos, enfrentando lado a lado os intermináveis dramas do mundo escolar adolescente — crimes com armas, gravidez, assassinato e uso de drogas são apenas alguns.

Um dos episódios sem dúvidas inesquecíveis foi da terceira temporada, episódio 16 ''With Tired Eyes, Tired Minds, Tired Souls, We Slept''. Neste controverso episódio, One Tree Hill abordou o tema de bullying e tiroteios nas escolas de forma sensível e matizada. A mensagem que esse episódio traz é muito real e reflexiva, achei ótimo, apesar de ser um episódio bem triste.

Aqui não há discussão. Esse é o melhor episódio da série para mim. Depois do episódio da abertura da cápsula do tempo, Jimmy Edwards, um estudante ignorado praticamente por todos, leva uma arma para Tree Hill High, criando um clima extremamente tenso com vários estudantes confinados dentro da escola feitos de refém. As consequências desse episódio afetaram completamente a série e a vida dos personagens, como Keith que foi morto pelo próprio irmão (que me deixou bastante chateado, pois eu achava que ele poderia sobreviver) e o suicídio de Jimmy. Ainda vemos uma baita crítica social para a mídia sensacionalista, em que Brooke se confronta com uma repórter que de forma fria, só se importa em entregar uma ótima notícia, além de Peyton baleada, Nathan, Haley e Rachel presos na mesma sala que Jimmy, e outros vários estudantes desesperados.

O episódio leva bastante a reflexão sobre o bullying nas escolas. Sabemos que isso é uma realidade e só quem sofre ou sofreu bullying de colegas sabe o que se sentir como o Jimmy se sentiu. O sentimento de revolta e vingança passa a penetrar na mente de muitos e pode levar a consequências drásticas, infelizmente.

3. Smallville: As Aventuras do Superboy
(Smallville, 2001-2011)

Episódio: 4×18 “O Espírito” (Spirit)

Já falei tanto de Smallville aqui no blog, mas para quem ainda não conhece, conta a história de um  rapaz chamado Clark Kent (interpretado por Tom Welling) que conhecerá no futuro sua verdadeira missão. Agora, ele é somente um jovem com as dúvidas e inquietudes de um adolescente comum, mas que deve aceitar os desafios e entender seus superpoderes. Esta é a nova história sobre o mito do Super-Homem, um personagem clássico.

Clark não usa óculos, nem roupa de super-herói, e não pode voar. Um rapaz dividido entre uma vida normal e seu invitável destino em "Smallville".

No episódio memorável ''O Espírito'' caminhamos a conclusão do ensino médio dos personagens. E como toda série teen, chegou o baile de formatura do último ano do Colégio Smallville High. E com isso a eleição da rainha do baile.

Chloe (interpretada por Allison Mack), surpresa, é nomeada para Rainha do Baile pelos seus colegas e tenta convencer Clark e Lana a irem com ela, mas que hesitando em ir. Entretanto, a nomeação de Chloe é mal vista aos olhos de Dawn Stiles (interpretada por Beatrice Rosen), que quer ser a rainha, pela primeira vez vê uma chance de ser eleita a rainha, e faz de tudo para conseguir sua coroa, mas apenas se preocupa com futilidades, como unha, cabelos, roupa e limunise para ir ao baile. Cansando de sua superficialidade seu namorado Billy termina com ela na véspera do evento. Dirigindo na estrada, não querendo chegar ao baile desacompanhada, Dawn pega o anuário do colégio para escolher seu novo par. Mesmo dirigindo começa a ler o livro do colégio. Encontrando a foto de Clark, decide ir com ele, mas um acidente muda seus planos. Por não estar prestando atenção na estrada, Dawn bate com o carro, que rola uma ribanceira, caindo na cratera cheia de meteoros. Sem perceber que sue corpo ficara no chão, seu espirito sai para estrada para pedir ajuda. Como não é vista por ninguém, o carro que vem na estrada passa direto, atropelando o espirito de Dawn. Seu espirito invade e se apodera do corpo da motorista , Martha Kent, que passa a ter uma perda transitória da consciência e de sua própria identidade.

A partir disso, com o espírito de Dawn solto por aí, ela entra nos corpos dos outros fazendo eles agirem fora do comum. Resultando em Lana pedindo para Clark ser o seu parceiro, Lois vai ao baile e Chloe coloca fogo da escola (claro que todos possuídos pelo espirito). O episódio tem o bônus especial do Lex trazendo aos formandos um presente especial para o baile: a banda Lifehouse!

Tem uma frase nesse episódio que a Martha fala para o Clark ''Oh, Clark. As coisas nem sempre acabam do jeito que você as imagina, mas às vezes elas podem acabar ainda melhores se você lhes der uma chance.''

De certa forma, o espirito de Dawn uniu Clark e Lana nesse episódio. Caso ele ficasse em casa, estaria fechando as portas a oportunidade de ser feliz. Como foi o seu deleitamento ao conseguir realizar seu sonho de tanto tempo: estar dançando no baile com Lana. Claro que essa escolha competiu a ele: agarrar a chance de algo maravilhoso acontecer e escrever com a tinta da satisfação esse momento inesquecível em seu livro da vida ou desperdiçar a oportunidade de ser feliz ficando em casa se lamuriando em tristezas pelo que poderia ter sido, mas que ele nem deu chance para ser. Os momento precisam ser vividos e não apenas sobrevividos. A felicidade e todo regozijo que a vida traz passam na porta da nossa casa como bondes, alguns escolhemos e pegamos a chance de ter essa bem-aventurança, outros por sua vez deixamos se perder seguindo outros caminhos, sem que nem imaginemos o mundo de venturas que nos levaria.

Clark também lidou com o sobrenatural, ao se deparar com um espirito que aleatoriamente ia possuindo os corpos ao qual ia encontrando. Foi um teste de sensibilidade e percepção, não ser enganado pelo que via e escutar sua intuição, já fortalecida de muita sagacidade. Sua mente já não o deixa mais se enganar tão facilmente mostrando ter seus sentidos sob controle. O conhecimento ao qual se abriu com os ensinamentos que viveu com seus três mentores ( Jonathan, Jor-El e Dr. Swan) abriu seu pensamento para um mundo mais transcendental, destruindo o véu das aparências que torna as pessoas ignorantes, conseguindo abrir sua visão para além das aparências , exatamente como o sol revela com sua luminosidade a beleza no mundo.

4. Game of Thrones
(2011-2019)

Episódio: 8x03 “A Longa Noite” (The Long Night)

Considero o episódio The Long Night, um dos mais épicos de GoT. A primeira sequência da história de Game of Thrones – tanto literária quanto televisiva – se passa numa floresta e alguns patrulheiros acabam surpreendidos pela inesperada presença de Caminhantes Brancos. É o teaser de uma jornada que se inicia com bases sólidas e essas bases também nos fazem uma promessa: será a chegada dessa ameaça que moverá as engrenagens numa única direção. A chegada do inverno se correlaciona com a chegada do Rei da Noite e, então, estabelece-se a completude da dramaturgia da série. Se temos em mãos uma grande ameaça à integridade da vida e ela vai transformar os envolvidos de alguma forma, ela precisa ser representativa, precisa afetar a curto e a longo prazo; e ela precisa deixar sequelas.

O terceiro episódio da última temporada de Game of Thrones, afinal, trouxe uma das mais importantes batalhas de toda a série. Os white walkers, então, chegam e todos os exércitos, dentro dos quais se encontram Brienne (Gwendoline Christie), Tormund (Kristofer Hivju), Jaimie (Nikolaj Coster Waldau), Verme Cinzento (Jacob Anderson), Eddison (Ben Crompton) e Sam (John Bradley-West) unem-se a essa batalha contra a morte. O episódio de Game of Thrones é sombrio como toda guerra deve ser. É sangrento, com corpos se misturando à fumaça de fogo e gelo, e apesar dos esforços de todos, talvez seja impossível vencer o inimigo dessa vez. Diante do poderio do Exército da Noite, dessa maneira, os exércitos retornam para dentro dos muros de Winterfell.

O  episódio começa com a chegada dos mortos, Jon (Kit Harrington) e Daenerys (Emilia Clarke) não conseguem resolver seus problemas pendentes e saem para a luta. Eles montam em seus dragões e seguem para o campo de batalha. Lá em baixo, as coisas não caminham muito bem. Os zumbis são fortes e resistentes causando dificuldades para serem derrotados; Arya (interpretada por Maisie Williams) manda Sansa (interpretada por Sophie Turner) se esconder nas criptas, e proteger aqueles que não conseguem lutar. Tyrion Lannister (interpretado por Peter Dinklage) também vai para lá.

Melisandre (interpretada por Carice Van Houten) aparece, e ajuda na batalha com sua magia de fogo, que é mortal para os zumbis. Mesmo assim, o exército dos humanos começa a perder; a jovem Lyanna Mormont (Bella Ramsey) é morta por um gigante, mas o mata também. Brienne é quase morta porém escapa; Sam também escapa por pouco, mas perde um amigo no caminho.

Enquanto isso, Jon e Daenerys lutam contra o Rei da Noite e seu dragão de gelo. Jon vai para cima e derruba o vilão de sua montaria – e acaba caindo também. Jon tenta atacar o zumbi, mas ele revive os mortos ao seu redor; o rapaz é salvo por Daenerys, que queima todos os inimigos – menos o próprio Rei, que permanece ileso. Jon pede para que ela ajude Bran, mas os zumbis sobem no dragão, que sai voando sem ela.

A Rainha e Jorah Mormont (interpretado por Iain Glain) ficam encurralados e lutando contra os inimigos – Jorah leva uma facada no peito e permanece de pé. Os mortos das criptas também se levantam e atacam quem estava escondido por lá.

Jon consegue escapar do Rei da Noite e entra em uma luta contra o dragão de gelo – enquanto os mortos invadem Winterfell. Bran Stark (interpretado por Isaac Hempstead-Wright) fica ao lado da árvore coração, protegido por alguns soldados que acabam morrendo, sobrando apenas Theon Greyjoy (interpretado por Alfie Owen-Allen). O Rei da Noite chega até o rapaz e Theon se sacrifica por ele.

Quando o grande vilão chega até Bran, pronto para elimina-lo, Arya Stark chega por trás e mata o monstro; com sua morte, todos os outros zumbis morrem, inclusive o dragão de gelo – os humanos venceram a batalha contra os mortos!

Sem dúvidas um episódio épico, mas que dividiu muito os fãs que formaram muita expectativa sobre ele. Eu vibrei e torci. Sem dúvidas, a série poderia ter encerrado ali com uma batalha épica, a visto do que veio depois em outros episódios.

-

Ilustração: OPlanetaAlternativo.com


5. Dawson's Creek
(1998-2003)

Episódio: 3x20 “The Longest Day”

Dawson's Creek é uma das minhas séries favoritas e já deixei isso claro em vários posts do blog (hahaha). Mas para quem ainda não conhece, a série se passa em Capeside, uma pequena cidade litorânea perto de Boston, todos os dias, eles convivem com os mais diferentes tipos de problemas, que os fazem crescer para entender melhor o mundo em que vivem. E chega uma hora que cada um precisa decidir sua carreira profissional, universidade, paixões. Não é nada fácil, mas, com amor e amizade, esse caminho será bem menos difícil de trilhar.

No episódio “The Longest Day” temos a narrativa contada sob a perspectiva de Pacey, Joey e Dawson (interpretados por Joshua Jackson, Katie Holmes e James van der Beek, respectivamente), esse episódio mostra como Dawson finalmente descobre o relacionamento entre seus dois melhores amigos. Pacey e Joey estão namorando escondido há semanas e não conseguem contar a verdade para Dawson, com medo de sua reação. Quando Pacey finalmente toma coragem, é impedido por Joey e os dois começam a discutir sobre isso em pleno jardim de Dawson. O que nenhum deles sabia é que Dawson já estava sabendo da história toda por acidente, já que Jen (interpretada por Michelle Williams) revela tudo acreditando que ele a havia procurado para se consolar.

Dawson explode com os dois e revela tudo para Andie, no meio de seu encontro com Will. Enquanto Dawson coloca Joey contra a parede e quer que ela escolha, Andie deixa claro para Pacey que depois de tudo, ele acabará sozinho. E ela nem estava tão errada assim, já que, depois da discussão, Joey termina com ele, para tantar arrumar as coisas com o melhor amigo.

Um episódio super original onde temos a visão de cada personagem. A amizade de Dawson e Pacey é testada quando ambos demonstram interesse por Joey. A mesma cena se repete várias vezes, mas sob o ponto de vista de cada personagem. Sem dúvidas, um dos melhores da série.

O episódio mostra mais um pedaço de tudo o que aconteceu e termina com Dawson dando um ultimato em Joey: se o namoro continuar, eles não serão mais amigos! A cena em que Joey termina com Pacey é triste e que deixa muito para o fim da temporada!

Esse capítulo é especialmente danoso para nossa saúde mental: uma atitude de bundão dar ultimatos por aí, hein? Sério, gosto do Dawson, mas assim não tinha como defender.


6. Buffy, A Caça-Vampiros
(Buffy the Vampire Slayer, 1997-2003)

Episódio: 7x22 “Chosen”

Para quem não conhece, caso isso seja possível, Buffy é uma série americana que foi ao ar entre 1996 e 2003. A série começa com ela e mudando com a mãe para Sunnydale, Califórnia, após uma série de incidentes e o divórcio dos pais. Buffy (interpretada por Sarah Michelle Gellar) tinha apenas 15 anos quando descobriu que era a Escolhida, a slayer (ou caça-vampiros, em português) e ela era guiada por um Sentinela (Watcher), ligado ao Conselho de Caça-vampiros. A série mostra as aventuras e desafios enfrentados pelos dois e seus dois amigos, Xander e Willow.  Ao longo de 7 temporadas, a série aborda diversos temas do mundo adolescente até o amadurecimento, passando por sexo, homossexualidade, total ausência do pai, magia, demônios variados, relacionamentos conturbados e diversas tentativas de apocalipse. Buffy foi uma das principais séries com protagonismo feminino na década de 90 e passa lindamente no teste de Bechdel (quantos filmes da mesma época falham miseravelmente e ainda sim tem o protagonismo feminino? Acho que, tipo todos).

Essa série teen soube trabalhar diversos assuntos do cotidiano — como o empoderamento feminino, morte, sexualidade e uso de drogas — de uma maneira orgânica, não soando forçada ou pretensiosa. Com 144 episódios, Buffy se tornou um marco na cultura pop e continua até hoje, 16 anos depois de seu fim.

No último episódio 7x22 ''Chosen'' encerra a série de uma maneira extremamente satisfatória. Os maiores mistérios da série foram apresentados ao longo da sétima temporada: o surgimento do mal, a evolução dos vampiros e o porquê de ser uma caçadora apenas. Nesse último episódio – repleto de efeitos especiais – é travada uma batalha épica que causa a destruição total de Sunnydale e o fechamento da Boca do Inferno. De lambuja, Willow vira uma deusa quando permite que todas as potenciais caçadoras tenham seus poderes. Todos possuem seu momento nesse episódio, até Angel faz uma participação.

O último encontro do quarteto Buffy, Willow, Xander e Giles antes da batalha é um dos momentos mais emocionantes desse final, além do diálogo da protagonista com Spike antes de seu sacrifício, sendo esse um dos momentos mais lindos entre os dois e uma redenção para o vampiro. Como não podia deixar de ser, existem perdas consideráveis após esses eventos, e toda Sunnydale acaba destruída, mas o sentimento de satisfação no final desse episódio, após ter acompanhado a vida da caça-vampiros por tantas temporadas, é gigantesco, e por isso, o melhor.

Confesso que eu chorei com os eventos do episódio final e ainda mais sabendo que a série encerrava ali. Vale relembrar que a série continuou nos quadrinhos, mas sabemos que não é a mesma coisa.

-

Enfim, alguns episódios memoráveis dessas grandes séries. Apesar de que cada uma merecia um post só delas, teve tantos episódios bons que é difícil escolher apenas um pra comentar aqui. Enfim, fico por aqui.
6 Episódios Memoráveis das Séries de TV
julho 31, 2019

6 Episódios Memoráveis das Séries de TV

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Conheci o canal Boomerang em 2001 quando ele apenas exibia desenhos clássicos, geralmente produções da Hanna-Barbera. Na época meu irmão e eu ficamos fascinados com aquelas animações, pois eram produções de uma época que a gente nem era nascido. Tanto é que chegamos até trocar o Cartoon pelo Boomerang por um período. 

Pretendo justamente começar esse post falando dos desenhos clássicos que realmente fez jus ao nome ''boomerang'' (O que é bom, volta!), entendeu? haha. Entre os clássicos animados dava pra ver Zé Colméia, Manda Chuva, Os 4 Fantásticos, Scooby Doo (aquele mais antigo do Salsicha gritando na abertura ''Cadê você?''), Jonny Quest, PicaPau, entre outros que lembro das cenas e tudo, mas o nome eu esqueci totalmente (Tipo um desenho que era meio que uma banda, que lembrava os Beatles com cabelos grandes, enfim, não lembro mesmo).

Inicialmente voltado para o nicho da animação clássica, tendo como alvo as crianças entre 3 e 6 anos e adultos entre 25 e 34, incluindo fãs de animação em geral e pais. Com o passar dos anos, a programação começou a ceder espaço para desenhos produzidos nos anos 1990 e 2000. Iniciou-se então um processo de descaracterização de sua premissa inicial, culminando neste relançamento do canal. O que foi bem bizarro olhando agora tudo isso. No inicio eu detestei, mas daí na época eu era criança e o que eu queria era sempre assistir algo, até que comecei a acompanhar as séries que eles foram colocando na grade. Só queria ligar a TV e passar horas e horas assistindo o que fosse exibido (sim, eu era assim e minha mãe vivia brigando comigo). Daí vocês perguntam: Você saia de casa? Pouquíssimo. Até brincava na rua as vezes, mas vivia mesmo era assistindo TV hahahaha (eu confesso). 

Tempo passou e a programação do Boomerang começou a ficar muito parecida com a da Nickelodeon (que na época também acompanhava) exibindo séries infanto-juvenis muitas delas destinadas para meninas (deve ser por isso que minha mãe brigava comigo KKKKK). Bom, mas tinha muita coisa bacana para os garotos, como por exemplo Lockie Leonard (uma das minhas favoritas) e que inicia a lista das 25 atrações exibidas no Boomerang (versão brasileira).

Ilustração: OPlanetaAlternativo.com
Mas antes, sabemos que programas de TV muitas vezes tem o poder de marcar determinadas épocas da vida das pessoas. Quando a nostalgia vem, bate aquela saudade do tempo que não volta mais. Como sabemos, grande parte dos seriados da época para o público infanto-juvenil era de origem norte-americana (e, na maioria das vezes, são esses que ficam em evidência na nossa memória), mas a Austrália foi responsável por diversos programas – não tão lembrados constantemente – que fizeram parte da tão querida infância e lembrar aqui traz aquelas memórias gostosas e pensamentos como “Caramba, eu gostava muito disso” ou “Nossa, eu realmente assistia isso?”. Grande parte das séries que foram ao ar no Boomerang eram da Austrália, além também de algumas produções canadenses.

1. Lockie Leonard
(2007 -2010)

Lockie Leonard
O surfista Lockie Leonard tem 12 anos e nove meses. Ele acaba de se mudar com a família para a cidade mais remota da face da Terra, Angelus. Para Lockie, isso é um DESASTRE TOTAL: nenhum amigo, escola nova e uma casa que corre o risco de desaparecer em um pântano... Mas, então, ele descobre algo que deixa tudo mais fácil: essa cidadezinha minúscula tem o melhor surfe do mundo. Não que isso necessariamente o ajude a lidar com os pais, com o trabalho do pai na polícia, com um irmãozinho que não para de fazer xixi na cama, com o novo amigo fanático por heavy metal e a atenção da garota mais bonita da escola. Tudo isso, na verdade, significa preocupação, situações embaraçosas, confusões e esquisitices. Se não fosse tão ridículo, isso causaria depressão em qualquer garoto! 

Através dos olhos de Lockie Leonard vemos o mundo e garantimos que você vai se divertir e morrer de rir com a vida bagunçada, mas, ao mesmo tempo normal, de Lockie e companhia. A série é baseada na premiada obra de Tim Winton. Com o surfe e a espetacular costa sudoeste da Austrália como pano de fundo, a sagacidade, humor e sensibilidade de LOCKIE LEONARD garantem um rico entretenimento para as crianças e seus pais.

Baseada na premiada obra do escritor australiano Tim Winton, a série foi produzida entre 2007 e 2010, totalizando 2 temporadas com 52 episódios no total. 

Uma coisa que vale mencionar também sobre a série é sua trilha sonora, tinham muitas canções bacanas, entre elas lembro que descobri a canção ''Free'' da banda australiana Tambalane em um dos episódios da segunda temporada.

2. O Portal do Intercâmbio
(Foreign Exchange, 2004)

Portal do Intercâmbio
Da Austrália para a Irlanda em um segundo. Já pensou? A atração australiana Portal do Intercâmbio traz Brett Miller, jovem surfista australiano, mora com sua mãe Jackie, seu padrasto Craig, sua meia-irmã Meredith e Wayne, filho do primeiro casamento de seu padrasto. O problema é que só há três quartos na casa, e não quatro. É aí que a história muda. 

Brett encontra uma pedra no porão de sua casa e, ao girá-la, acha um portal para o colégio O'Keeffee's, na Irlanda. Lá, ele encontra uma menina chamada Hannah O'Flaherty, e mostra a ela o portal. É desse 'acidente' que surge uma forte amizade entre eles. Mas não é só isso que muda na vida de Brett, que faz do porão o seu novo quarto. 

O jovem trabalha na Irlanda como ajudante do zelador da escola e é apaixonado por Tara. Mas, ao decorrer dos episódios, percebe que a sua verdadeira paixão é Hannah. Com o título original denominado Foreign Exchange, o programa foi criado em 2004 por John Rapsey. No elenco, Zachary Garred, Lynn Styles, Kirsty Hillhouse, Joel Turner, Robert Sheehan, Barbara Griffin, Danielle Fox-Clarke, Chelsea Jones e Greg McNeill. 

Sem dúvidas, uma das minhas favoritas na época. Eu tinha isso de criança, sabe? de encontrar um portal mágico e ir para um outro lugar e brincar com outras crianças. 

3. Resgate Voo 29
(Flight 29 Down, 2005-2007)

Resgate Voo 29
Lost para as crianças, assim que defino Resgate Voo 29, rs. Mas será que os sobreviventes serão resgatados?

A série conta a história estudantes de Los Angeles que partem, em um avião bimotor, para uma aventura ecológica na distante ilha de Micronésia. Durante uma tempestade, o avião faz um pouso forçado numa ilha deserta do Pacífico. Acaba ocasionando em um acidente aéreo em que os jovens e o piloto, Bob Russel, sobrevivem e acham que é só uma questão de tempo para serem resgatados. Mas é aí que mora o perigo. Quem disse que eles serão resgatados? Alguém por acaso sabe onde eles estão? Após alguns dias, os estudantes Jackson, Melissa, Nathan, Daley, Lex, Eric e Taylor  começam a gravar depoimentos sobre as dificuldades e desafios que enfrentam para sobreviverem em uma ilha deserta com poucos recursos. 

O programa incentivava muitos os espectadores com verdadeiras lições de vida, mostrando como as dificuldades pela sobrevivência podem despertar o sentimento de companheirismo e de solidariedade. Regate do voo 29 possui 30 episódios e é estrelado por Corbin Bleu. Assim como Lost, a série também foi filmado no Havaí. 

4. Rádio Livre de Roscoe
(Radio Free Roscoe, 2003, 2005)

Radio Livre de Roscoe
A série conta a história de 4 jovens que estavam cansados de não terem voz ativa na escola onde estudavam, então resolvem criar uma rádio "clandestina" no seu colégio. Dentro do próprio Colégio já existe uma rádio que, basicamente, é voltada a falar bem da escola e sem deixar os jovens se expressarem. Por isso a ideia de criar uma rádio clandestina e fazer concorrência.

A série começa assim, levantando uma questão importante que com certeza todos já tivemos que lidar em algum ponto. Isso foi uma das coisas que me atraiu de início.
Essa é uma das minhas séries preferidas dessa lista do gênero Teen, sem dúvida. A trama toda se desenvolve basicamente ao redor das vidas de 4 amigos que, tentando achar sua voz, na mais delicada fase de suas jornadas (a adolescência), acabam sendo a voz de toda uma comunidade ao montar uma rádio pirata. Ao som de muita música boa, Ray, Travis, Lily e Robbie conversam e tentam achar soluções para os problemas típicos da vida. Profunda sem ser chata, perfeita para aqueles jovens (ou até adultos) meio perdidos no mundo, ainda tentando se encontrar.

5. Galera do Surf
(Blue Water High, 2005-2008)

Galera do Surf
A série conta a história e o dia a dia dos adolescentes selecionados para treinar na prestigiada e concorrida academia de surfe “Blue Water High”, um sonho para inúmeros surfistas. Ela é a porta de entrada para o circuito profissional, mas somente dois dos sete (primeira temporada) ou seis (segunda e terceira temporada) surfistas da academia são selecionados esse circuito.

Galera do Surfe é um seriado que, além de retratar a competição e os desafios da caminhada dos jovens profissionalmente, mostra a vida pessoal deles, os sentimentos, os romances, as amizades, as responsabilidades e os empecilhos.

O programa tem três temporadas com 26 episódios cada. A cada temporada há um novo grupo de surfistas na “Blue Water High”, que protagonizam a história. Alguns personagens aparecem em mais de uma temporada, mesmo que mudando o papel que desempenha na série, como Bec Sandersen (Kate Bell), que faz parte do grupo principal na primeira temporada e volta nas outras duas temporadas, apesar de não como competidora.

Eka Darville, o Adam da terceira temporada, interpretou Scott Truman, Ranger Operador Série Vermelho em “Power Rangers”. Cariba Haine, a Drika de “H2O: Meninas Sereias”, interpretou Bridget na terceira temporada o programa.

Assisti muito no Boomerang e depois por coincidência acabei descobrindo sendo exibido em plena TV pública, a TV Brasil. Foi uma série que acompanhei bastante, especialmente a última temporada!

6. A Galera da Lei
(Overruled!, 2009)

A Galera da Lei
Algum dia você já pensou em se tornar um advogado? Pois é, as vezes a pessoa nem sonhar em ser uma, mas através de situações do dia a dia você acaba descobrindo que tem potencial pra virar um!

A Galera da Lei é uma comédia adolescente sobre - literalmente - os processos de Jared "Coop" Cooper, um garoto de 15 anos descolado e divertido que fica surpreso ao descobrir que sua personalidade faz dele a escolha perfeita para o advogado do tribunal juvenil da Banting High School.

Tem também seus amigos, Rusty, Tara e Kaleigh que participam de atividades extraclasse, dentre as quais está o tribunal juvenil de justiça. Recriando um tribunal com a presença de um juiz, advogados e jurados, os jovens julgam situações e casos vividos por eles ou por conhecidos, a cada episódio.

O objetivo da série, é levar ao público infanto-juvenil o conhecimento básico das aplicações da lei e da justiça, equiparando-as com situações com as quais eles possam assimilar em seus cotidianos.  

Criada por Jeff Biederman, Jeffrey Alan Schechter e Jeff F. King, a série é estrelada por Jacob Kraemer, Sally Taylor-Isherwood, Nick Spencer, Jasmine Richards, Tammy Isbell, Tom Barnett e Sara Waisglass. Foram produzidos o total de 22 episódios.

7. Instant Star
(2004-2008)

Instant Star
Ela tem quinze anos e seu talento é inquestionável. A cada dia, mais e mais fãs surgem por todos os lados… Jude Harrison (interpretada por Alexz Johnson) é definitivamente uma estrela ! Além de lidar com todas as coisas que normalmente uma adolescente tem que lidar, como escola, pais, amigos, namorados, lição de casa, etc, ela ainda tem que se preocupar em lançar um novo álbum, cuidar da sua imagem e tentar ficar fora dos tablóides de fofocas, e todas as outras coisas que vem junto com a fama.  Quem diria, que ficar famosa na verdade seria a parte mais fácil…

Eu gostava de assistir isso nas madrugadas, vale também entrar na lista pelos talentos que revelou. Muito talentosa a moça que, a propósito, escreveu várias das músicas das primeiras temporadas. E ainda tem Tyler Kyte que também manda muito bem como cantor e compositor. Se encontrar a série por aí, confira pois vale a pena! Lembro que comecei a fazer caminhada as 5h30 da manhã e quando chegava em casa, ligava no Boomerang e ficava assistindo o restinho do episódio que estava sendo exibido.

A série também tinha no elenco Laura Vandervoot (na época ela fazia a Supergirl de Smallville, e eu acompanhava também).

8. Projeto Adrenalina
(The Adrenaline Project, 2007-2009)

Projeto Adrenalina
Que rufem os tambores, porque a competição vai começar! No início de cada episódio de PROJETO ADRENALINA, conhecemos cinco jovens em busca de aventura. Mas no final, só um deles será consagrado campeão. Assim que chegam ao acampamento, o ator e comediante canadense Boomer Phillips oferece aos competidores um treinamento básico como preparação para as provas que vão enfrentar, testando sua força, agilidade, velocidade e resistência. No entanto, apenas três vão se classificar para a misteriosa disputa final, comandada pelo apresentador Richard Cazeau e que enfim decidirá quem é o vencedor do episódio. E as câmeras do programa acompanham todos os detalhes da luta destes meninos e meninas para superar seus próprios limites, sempre com as emoções à flor da pele.

Tinha uma pegada de reality show e a competição segurava a gente no sofá. Foi exibida por pouco tempo.

9.  Espaço Dividido
(Roommates, 2006-2008)

Espaço Dividido
Imagine viver numa casa ou apartamento, só com seus amigos ; sempre ter alguém para conversar, mesmo que for de madrugada, dormir a hora que você quiser, dividir tudo, etc. Maravilha, né ? Pois é, nem sempre…

Essa talvez ninguém lembra, foi até difícil de encontrar alguma informação sobre ela, eu até tava me enganando no canal que foi exibido, mas foi no Boomerang mesmo! A série ''Espaço Dividido'' retrata o cotidiano de oito adolescentes que compartilham o alojamento misto de sua escola. A convivência faz com que surjam romances e amizades inesquecíveis entre eles.

Para qualquer adolescente, dividir a casa apenas com um grupo de amigos, totalmente longe dos pais, deve ser um verdadeiro sonho. Sempre ter alguém para conversar, dormir a hora que você quiser, comer o que tiver vontade. Mas para quatro garotas e quatro garotos da Des Sables High School, este é um sonho prestes a se transformar em pesadelo. Compartilhando a mesma casa enquanto terminam os estudos, a turma da nova série ESPAÇO DIVIDIDO (Roommates) vai descobrir como é complicado lutar pela posse do controle remoto, ao mesmo tempo em que amizades e paixões vão e vêm entre estas quatro paredes.

A série venceu o Gemini Awards em 2007 - Melhor Roteiro ou série juvenil todas as categorias: Luc Déry, Yves Lapierre.

10. Mudança de Vida
(Out There, 2003-2004)

Mudança de Vida
Ambientada numa clínica veterinária em uma área da Austrália rural, acompanha a vida de quatro diferentes jovens e como eles enfrentam os desafios da adolescência. Ambientada numa clínica veterinária, em uma área da Austrália rural, é uma série realista, com episódios de meia hora, que acompanha a vida de quatro diferentes jovens e como eles enfrentam os desafios da adolescência.

Os quatro protagonistas são Fiona McDaniel (interpretada por Molly McCaffrey), Miller McKee (Richard Wilson), Aggie Thackery (Jade Ewen) e Tom Butler (Cody Kasch). E na primeira temporada,um dos protagonistas era Reilly Evans(Douglas Smith).

Apesar de ser uma série adolescente, ela tratava algumas temas com muita seriedade. Numa época de amadurecimento foi legal assistir alguns episódios, apesar de que eu nunca sequer ter assistido regularmente e nem saber como o final da série. 

11. Connor: Um Jovem Espião
(Connor Undercover, 2010-2011)

Connor: Um Jovem Espião
Descobrir e explorar os mistérios do mundo será a tarefa de Connor Heath (interpretado por Max Marrow), um garoto de 15 anos com uma imaginação fértil e pronta para aventuras. A trama começa quando ele recebe em sua casa a filha da presidente de Córdoba, Gisela Calicos (interpretada por Lola Tash), enviada para morar com ele e sua família para se proteger de inimigos políticos.

Ela terá que se habituar a uma vida de uma adolescente comum, enquanto Connor a protege dos perigos que ele e sua família correm com a presença de Gisela. Agora, ele terá que lidar com espiões, helicópteros e perseguições de carro alucinantes.

Muitas vezes atrapalhado, se o 007 fosse adolescente talvez agisse como o Connor. Ele também era o maior fã de espiões do mundo, talvez por isso virou um.

A série era bem legal, envolvendo muita ação, com seguranças, espiões, agentes duplos, helicópteros e cenas de perseguição. 

12. Zoação Teen
(The Latest Buzz, 2007-2010)

Zoação Teen
Cara, que inveja! Imagine ter acesso VIP aos desfiles de moda e shows de música mais descolados do momento, conhecer e entrevistar cara-a-cara as melhores bandas, e o melhor de tudo… não precisar ir a escola. (pensamento de uma criança!)

A série acompanha a vida de cinco adolescentes que foram contratados como colunistas de uma revista bastante popular: a Zoação Teen (TEEN Buzz). Cada um responsável por um tema diferente dentro da publicação, e com diferentes gritantes de personalidades, temos eventos realmente muito divertidos que saem dessas interações.

O especialista em se divertir as custas dos outros, Noah (Justin Kelly), se torna o crítico musical. A riquinha Amanda (Vanessa Morgan) dá dicas de moda. O estiloso Michael (Demetrius Joyette) fica na cola da vida das celebridades. Wilder (Munro Chambers) fica responsável pelas pautas sobre esportes. E Rebecca (Zoe Belkin), que sempre sonhou em ganhar um prêmio Pulitzer, se empenha em conseguir os maiores furos de reportagem possíveis.

Mas a vida dessa galera não vai ser tão fácil assim, afinal, lidar com os prazos da revista, com o editor chefe, os professores, paqueras, seus pais e amigos vai dar bastante trabalho.

É bom ver como a série mistura os personagens, e sempre traz algumas mensagens bacanas – mas o mais interessante é acompanhar as amizades, e esse clima leve tão juvenil; a série esbanja inocência e diversão, e é uma delícia de se assistir! No total, teve 3 temporadas, que foram exibidas de 2007 a 2010, totalizando 65 episódios.

13. Uma Nova-Iorquina na África
(Scout's Safari, 2002-2004)

Uma Nova-Iorquina na África
Gravado e ambientado na África, a série conta a história de Jennifer "Scout", típica garota da cidade de Nova Iorque que de repente é obrigada a se mudar para a África do Sul com sua mãe, seu meio irmão e seu novo padrasto. Lá, ela enfrenta os desafios de se viver em um novo país e ainda tem de tolerar o seu novo meio-irmão, Tyler.

Quando seu pai consegue um trabalho temporário de fotógrafo pelo mundo, a urbangirl Scout se vê obrigada a se mudar para uma rústica cidade da África do Sul, onde vive sua mãe, uma estudiosa, com seu novo marido e filho, meio-irmão caçula de Scout. No início não é nada fácil se adaptar à nova realidade totalmente diferente do que ela desejava, mas conforme o tempo Scout aprende coisas fascinantes da cultura africana. Ingressando numa nova escola, ela se torna amiga de Bongani, um descendente da tribo Zulu. Scout também descobre que herdou de sua bisavó o dom de compreender o que os animais sentem e querem, e acaba desenvolvendo uma afinidade fascinante com a fauna africana.

A premissa parece ser aquela coisa ''mais do mesmo'' mas era bem divertida, tinha muitos personagens bacanas. Assisti poucos episódios, mas os poucos que vi eu lembro que curti.

14. Heartland
(2007-atualmente)

Heartland
Duas garotas tipicamente urbanas, as irmãs Amy e Lou Fleming mudam de vida quando sua mãe morre repentinamente. De Nova York, elas acabam se mudando para o rancho da família na pequena cidade canadense de Heartland, onde viverão ao lado do avô Jack. Na série Heartland, os telespectadores descobrem, junto com as meninas, que não é fácil manter este rancho de cavalos sem ter o mesmo amor que seu avô tem pelos animais.

Confesso que uma vida na fazenda, em uma cidade onde todos sabem da vida de todo mundo, me atrai muito. A vida de Amy dá uma virada quando a mãe morre em um acidente e a irmã resolve voltar de NY para cuidar dos negócios da família. Amy não é uma garota normal, ela herdou da mãe o dom de ‘ouvir os cavalos’ e é assim que as duas conseguem tirar o rancho da falência. Drama com pitadas de romance e comédia que vai conquistar seu coração se você der uma chance. Foi exibida no Boomerang e atualmente está disponível no catálogo da Netflix e pasmem: ainda está em produção (sendo essa a única série em produção).

15. A Hora do Arrepio
(The Nightmare Room, 2001-2002)

A Hora do Arrepio
A Hora do Arrepio é do mesmo criador de Goosebumps, R. L. Stine. A cada episódio tinha uma aventura, suspense, seguindo a linha de Goosebumps. Teve até episódios com cenas bem perturbadoras, pra um público infantil considero até pesado demais. Pois bem, talvez por isso a série durou pouco. Só foi apenas uma temporada de 13 episódios.

Basicamente, A Hora do Arrepio serviu como a versão da Warner do ''Clube do Terror'' com um toque de The Twilight Zone: Além da Imaginação – e era assustador. Alguns dos episódios eram verdadeiramente aterradores, como um episódio em que um mentiroso fica sabendo que morrerá em dois dias através do seu irmão gêmeo do mal. Muitos dos episódios tratavam de fantasmas e coisas mal-assombradas, mas os mais assustadores envolviam crianças sendo informadas de que iriam morrer – por um diário que previa o futuro, por exemplo. Curiosamente, a série foi narrada pelo Tio Phil de Um Maluco No Pedaço (James Avery 1945-2013).

Impossível de esquecer a frase do narrador: “não durma, ou ficará para sempre preso em… A Hora do Arrepio”.

16. A Culpa não é dos Coalas
(Don't Blame the Koalas, 2002-2003)

A Culpa Não É Dos Coalas
Uma série que acompanhei nas noites do canal, a série contava a história da família King que moravam na Inglaterra e passavam por dificuldades financeiras. Prestes a decretar falência, mudam-se para a Austrália, onde herdaram algumas terras que poderiam render dinheiro. O que eles não sabem é que essas terras são parte de um parque ecológico, preservado por seus parentes. E aí que a história começava.

Então a família King da Austrália, mantém seus negócios no parque ecológico funcionando, para que assim possam continuar a trabalhar e a viver juntos.

Bem, junte os animais adoráveis do parque Wallaby e o choque cultural entre as famílias e o resultado é um séria legal de se assistir. Entre os personagens inclui um irmão caçula pra lá de esquisito, uma garota metida e um tranquilo (e sonhador) guarda florestal. Pelo menos é disso que lembro, já que não vejo a série há anos.

17. H2O Meninas Sereias
(H2O: Just Add Water, 2006-2010)

H2O: Meninas Sereias
O programa conta a história de Cléo, Emma (ou Nanda, na dublagem brasileira) e Rikki (ou Drika, na dublagem brasileira) que são interpretadas, respectivamente, por Phobe Tonkin, Claire Holt e Cariba Heine. Elas, ao acidentalmente pararem em uma ilha – a Ilha Mako – num dia de lua cheia, tropeçam e caem em uma caverna que tem uma piscina natural, onde elas mais tarde descobrem terem sido transformadas em sereias. O programa conta como elas lidam diariamente com essa nova característica, seus novos poderes e os empecilhos da vida delas, além seus relacionamentos – amorosos e fraternais. Na terceira temporada, Emma sai da série e uma nova menina da cidade, a sereia Bella (Indiana Evans), entra como a terceira protagonista.

O seriado infanto-juvenil estreou em 2006 e teve três temporadas, cada uma com 26 episódios. No Brasil, ele foi exibido no Boomerang e pela Rede Record, além do filme passado na Rede Globo.

Acho que foi a série exibida no Boomerang de ''maior'' repercussão e onde foi exibida em outros canais, né? Era até legal e confesso que assisti vários episódios. Dia desses tava olhando o catálogo da Netflix e ela está lá!

18. Tal Mãe, Tal Filha
(Gilmore Girls, 2000-2007)

Gilmore Girls
A história que ganhou o coração de todo mundo também foi exibida no Boomerang. Foi difícil para Lorelai ter uma filha aos dezesseis anos, mas agora mãe e filha são melhores amigas. Mas nem por isso, Lorelai deixa de fazer de tudo para que sua filha não passe pelos mesmos problemas que ela passou quando tinha a sua idade. Inseparáveis, mãe e filha, encaram qualquer desafio pela frente, sempre com um admirável senso de humor.

Lorelai Gilmore tem tudo, inclusive uma filha de 16 anos. Ela é inteligente, doce e pode se passar por irmã da filha. Lorelai sonha abrir uma pousada com sua melhor amiga e matricular a filha em uma boa universidade. E ela é determinada o suficiente para tornar seus sonhos realidade.

Rory Gilmore e sua mãe são super unidas, às vezes até demais. Ela acaba de ser matriculada em uma excelente escola particular. Era o que sempre quis, não era? Crescer nunca é fácil e viver em uma cidade do interior não ajuda.

Luke Danes é o dono da lanchonete da cidade. Ele vive criticando Lorelai por suas escolhas na educação da filha, mas prepara o melhor café da cidade e, por isso, ela não sai de lá.

Ainda gosto muito, talvez uma das poucas séries dessa lista que eu assistiria novamente (confesso), a série vai amadurecendo a cada temporada. E está disponível pela Netflix!

19. Split
((חצויה em hebraico, 2009-2012)

Split
SPLIT, uma série que fala sobre conflitos entre seres humanos e vampiros. Sucesso em Israel, onde a série foi criada, e em diversos países da Europa, o seriado conta a história de Ella, uma garota de 15 anos que sempre se achou diferente das outras pessoas e não entendia o motivo. 

Disfarçado como um novo estudante de sua escola, eis que surge em sua vida Leo, um belo vampiro de 500 anos enviado em uma missão justamente para encontrá-la. A menina se apaixona por ele sem suspeitar que este sentimento acabará revelando sua real identidade: Ella é a última de uma raça em extinção, meio-humana e meio-vampira, fazendo referência direta ao “split” do título. A essa jovem herdeira está reservado o destino de acabar com a centenária batalha entre humanos e vampiros.

Perturbada por perceber que sua vida até então teria sido uma mentira, Ella foge, relutando aceitar seu novo objetivo. Mas logo ela perceberá que, mesmo estando tão assustada, sua vida começa a fazer sentido — e ela precisa cumprir sua missão para salvar o mundo e também aqueles que mais ama. Sua recém-descoberta identidade a leva a conhecer o mundo mágico dos vampiros, com o qual costumava sonhar sem nem saber o motivo. Enquanto encontra gradualmente seu lugar no mundo, seja ele dos vampiros ou dos homens, a heroína de SPLIT ficará dividida entre seu amor por Leo e seus até então desconhecidos sentimentos pelo sempre presente amigo humano Omer – que também é um garoto peculiar, a seu próprio modo.

Lembro que o Boomerang exibia muitos comerciais exaustivos divulgando essa série e até que um dia eu parei para assistir um episódio ou outro e nem vi mais. Inclui na lista pela nostalgia da época. Mas nunca fui de acompanhar, por mais que assistisse outras produções com temáticas vampirescas. 

20. Coisas Que Eu Odeio em Você
(What I like about You, 2002-2006)

Coisas Que Eu Odeio em Você
Quando o pai de Holly descola um novo emprego no Japão, ela vai morar com sua irmã mais velha, Valerie, em Nova York... é aí que a diversão começa.

O seriado gira em torno do conflito entre duas irmãs que, depois de muitos anos separadas, voltam a morar juntas. Com muitas cenas de humor físico, algumas de puro pastelão, a primeira temporada da série diverte se sustentando no talento da jovem atriz Amanda Bynes e no charme de Jennie Garth (a eterna Kelly de Barrados no Baile).

O seriado teve quatro temporadas exibidas nos EUA pela The WB e teve seis seis indicações ao Teen Choice Awards. A série era totalmente despretenciosa, leve, fugia um pouco daquele esteriótipo comportamental norte-americano e era muito divertida.

Lembro que assisti no SBT, um tempo depois começou a ser exibido nas noites do BOOM. Achava muito divertido, Jennie Garth e Amanda Bynes deram muito certo juntas.

21. Negócios em Família
(Family Biz, 2009)

Negócios em Família
Outra série canadense na lista. Nessa série de comédia,um pai desempregado transforma a vida dos filhos adolescentes em trabalho! Dave nunca foi um pai dos mais presentes, sempre preocupado demais com suas atribuições de grande executivo para dar a atenção devida aos três filhos. Mas a situação muda para valer quando ele perde o emprego e começa a trabalhar em casa – transformando todo e qualquer detalhe da vida dos garotos em uma potencial crise corporativa que ele pode resolver com seus anos de treinamento empresarial. É assim que começa a história de NEGÓCIOS EM FAMÍLIA.

Teve apenas 1 temporada e acabou logo, era divertida também e os personagens carismáticos, vale a menção!

22. Garotas Apaixonadas
(Girls in Love, 2003-2005)

Girls in Love
Esta série fala sobre todas as coisas importantes da vida: amigos, diversão, paquera e namoros! Em um mundo onde ser igual aos outros é muito chato, mas ser diferente é a pior coisa do mundo; onde a imagem é tudo e você não consegue alcançá-la, Garotas Apaixonadas é um guia de sobrevivência para quem tenta sobreviver à confusão da vida adolescente. Cada episódio é visto através dos olhos de Lili, uma garota alegre e cheia de imaginação. Como qualquer outra adolescente, a vida dela parece um passeio de montanha-russa cheio de situações embaraçosas, desafios e muita emoção. Com seu diário secreto e suas duas melhores amigas, Magda e Nádia, Lili encara uma série de dilemas adolescentes, frustrações e aflições.

Tudo bem, a série é bem ''mulherzinha'' mas até que era legal acompanhar essas três garotas, as situações que elas vivenciam nos episódios eram bem divertidos. Sem dúvidas meu 'guilty pleasure' da adolescência acompanhar essa série nas tardes do Boomerang.

23. Saindo Com Minha Mãe
(Date my Mom, 2004-2006)

Sempre tive o gosto peculiar pra acompanhar reality shows, não poderia esquecer do “Date my mom” ou “Saindo com Minha Mãe”. Em cada episódio, um garoto diferente procura uma namorada da maneira mais bizarra… saindo com a mãe dela. O plano é passar um tempo com a futura sogra, para descobrir tudo sobre a filha dela e, ao final, escolher uma entre três concorrentes. As mães tentam convencer os garotos a convidar suas filhas para sair. A decisão deles é baseada na impressão que a mãe causou e na descrição que deu de sua filha. Às vezes, os encontros são hilários e, muitas vezes, trazem à tona justamente o que as garotas mais queriam esconder. Quando a escolha é feita, aí sim os solteiros conhecem a eleita pessoalmente.

Parecia ser suuuuper combinado, mas mesmo assim a gente ficava até o fim do episódio ver a reação do filho ou da filha quando a mãe chegava com o pretendente escolhido. Gostava muito da trilha sonora, tocava muita música bacana e na época eu não tinha o ''Shazam'' para descobrir as canções que tocavam rapidamente entre uma cena e outra.

24. Parental Control
(2006-2010)

Similar ao ''Date my Mom'' onde mais uma vez seu futuro no amor é decidido por seu pai ou sua mãe, sem dúvidas, Parental Control é um dos reality show mais no sense que já acompanhei. Palpite dos pais é algo que todo adolescente enfrenta por muito tempo, ainda quando se trata de namoro.

Em Parental Control, é a vez dos pais de uma/um adolescente irem em busca do genro/nora perfeito (a) com a esperança de que sua filha/filho finalmente se separem do (a) "mala" que eles namoram atualmente. No final, podem ficar com um deles...ou, quem sabe, com nenhum.

Os pais tinham três pretendentes pra filha ou filho, daí cada um deles eles visitavam lugares, iam se divertir afim de conhecer melhor o futuro genro... no final eles decidiam quem dos três correspondeu mais as expectativas deles.

O mais hilário é que as vezes a filha já tinha namorado e os pais queriam trocar o namorado dela. KKKK. Muito bizarro!

Obs: Eu gostava muito da música que tocava nos créditos que encerrava a atração... nunca descobri o nome.


25. Chaves
(El Chavo del Ocho, 1971-1980)

Isso, isso, isso! Chaves foi exibido no Boomerang, quando o canal já respirava por ajuda de aparelhos (rsrs).

Chaves
No ar há anos, reprisado excessivamente pelo SBT, a série dispensa apresentação! Seu enredo não exige quase nada do telespectador e ganha fãs a cada geração. Seu humor meio bobo pode ser considerado sem graça por alguns, mas está mais próximo da ingenuidade. O choro falso de Chiquinha; a malandragem de Seu Madruga; as bochechas de Quico; o cabelo de Dona Florinda; o sanduíche de presunto; a bola quadrada; a fadiga de Jaiminho e tantas outras coisas, já se tornaram parte da cultura brasileira, embora se trate de uma produção mexicana.

Lembro que era exibido meia noite e eu estava lá assistindo antes de pegar no sono. Mesmo com o passar dos anos, alguns episódios são absolutamente clássicos. Sou obrigado a confessar que dois deles, o primeiro com a viagem a Acapulco e outro que gira em torno da honestidade do protagonista, me fizeram chorar quando mais novo. Onde todos chamam o Chaves de ''Ladrão!'' quando objetos começam a desaparecer misteriosamente na vila. (pode confessar que você também ficou triste haha).

Obs: Também foi exibido Chapolin que vinha logo após (se não me engano).


(bônus) 26. Luz, Câmera, Boomerang!

Bloco para exibição de filmes do canal... lembro que assisti muito ao filme ''Hamlet 2'' que contava a história de um professor de teatro meio louco que precisava montar uma peça dando continuidade à dramática história de Hamlet, porém de uma forma bem diferente da tradicional. Era divertido.

Acredito que o último filme exibido foi ''Os Garotos Perdidos'', eu acompanhei isso antes do canal sofrer uma nova reformulação e virar um Discovery Kids 2.0 com programação para crianças na fase pré-escolar.


-

Ufa! Finalizo a lista sentindo falta dessas séries e de uma época que eu tinha tempo para parar e assistir televisão. Na vida de adulto não tenho mais esse privilegio, exceto nos fins de semana (e olhe lá). Algumas dessas séries da pra encontrar nos streamings da vida como a Netflix, já outras são bem raras.

Sobre o Boomerang, em 2014 ele foi todo reformulado novamente e virou um canal pra crianças na fase pré-escolar e só exibe animações. Tipo, o que houve com o Discovery Kids em 2003. Só fica na memória e a saudade daqueles dias. Fui!
25 Atrações Memoráveis do Boomerang Brasil
julho 22, 2019

25 Atrações Memoráveis do Boomerang Brasil