quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Filme – A Rota Selvagem (Lean on Pete, 2017)

Você não consegue ficar em qualquer lugar sozinho

Charley é um menino de 15 anos que vive com o pai solteiro em Portland, Oregon. Na procura pela tia desaparecida há anos, Charley consegue um emprego de verão como treinador de cavalos e acaba fazendo amizade com um cavalo de corrida chamado Lean on Pete.

Já cheguei a compartilhar aqui filmes outros filmes com cavalos. Gosto de tramas que se misturam com esses animais lindos. Agora, eu comecei assistir esse filme pensando ser um filme sentimentalista, mas ele vai bem além disso, posso dizer que é um filme duro e comovente, que ao contrário de outros do gênero, não depende apenas do cavalo para emocionar o espectador e construir uma histórica poética a respeito do companheirismo e da amizade.

A Rota Selvagem (Lean on Pete, 2017)

Charley (interpretado por Charlie Plummer) é o adolescente de bom coração, bom caráter e má sorte que, no interior americano, se apega a um cavalo de futuro tão incerto quanto o seu próprio. Filho de um pai problemático e alcoólatra (interpretado por Travis Fimmel), Charley consegue um emprego com Del Montgomery (interpretado por Steve Buscemi), um criador de cavalos de corrida, onde começa a se apegar ao cavalo Lean On Pete. O cavalo já com 5 anos, está próximo de ser aposentado devido a um problema nas patas.

Após a morte de seu pai, a única coisa que resta ao garoto é sua amizade com Lean On Pete, e uma tia com quem perdeu o contato há anos. Ao descobrir que os cavalos aposentados são sacrificados, Charley em um ato desesperado, foge levando Lean On Pete, em busca de encontrar sua tia. Será que o garoto estará preparado para todas as adversidades que irá enfrentar sem dinheiro e viajando com um cavalo?

A jornada de Charlie não é apenas física, mas também psicológica. No começo da narrativa, apesar do pai relapso, o protagonista é de certa maneira inocente, e se incomoda ao descobrir o lado sinistro dos bastidores das corridas de cavalos, como os ilegais buzzers – aparelhos que dão choques nos animais para fazê-los correr mais rápidos – e o dopping, além do sacrifício de cavalos que não podem mais correr. Porém conforme sua jornada avança, e ele se vê em necessidade, não hesita em roubar, enganar, e até mesmo agredir para conseguir chegar a seu destino. Ao final da jornada, ele está destruído física e psicologicamente.

Achei que a escolha do nome no Brasil tirou parte do poder do nome original. A tradução de ''Lean on Pete'' o nome do cavalo, significa “Conte com Pete”, que é o que acaba sustentando o protagonista em sua jornada. Quando Charley perde tudo, se apoia por completo na figura do cavalo, o seu único amigo. E isso dá todo um sentido especial para o título.

Inspirado no livro homônimo de Willy Vlauti e dirigido por Andrew Haigh. Lean on Pete é um filme sóbrio e discreto, sem sentimentalismos excessivos, mas de partir o coração. Agora, preciso mencionar a fotografia desse filme que é espetacular, ainda mais nas cenas noturnas que me deixou muito satisfeito. Enfim, é um drama interessante para se refletir sobre a natureza humana, e sua fragilidade perante as circunstancias adversas, mesmo quando estas se mostram resilientes. Recomendo!

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Na Minha Playlist #232: Coldplay - Brothers & Sisters

Tarde de calor aqui, ouvindo o bom som do Coldplay. Confesso que não sou um fanzão da banda, ouço raramente, mas gosto do som deles. As letras tem profundidade e o som é harmonioso.

Coldplay

Coldplay é uma banda britânica de rock alternativo fundada em 1996 na Inglaterra pelo vocalista e pianista Chris Martin e o guitarrista Jonny Buckland no University College London.

A banda já ganhou vários prêmios da indústria musical ao longo de sua carreira, incluindo seis Brit Awards — vencendo o de Melhor Grupo Britânico três vezes, um prêmio Webby, o prêmio de Melhor Álbum de Rock da Billboard Music Awards com Ghost Stories, quatro MTV Video Music Awards, e sete Prêmios Grammy entre vinte indicações. Como um dos recordistas de vendas de discos, o Coldplay já vendeu mais de 80 milhões de discos em todo o mundo.

Seus membros são: Chris Martin (vocal, guitarra, gaita, teclados, piano e violão), Guy Berryman (baixo, sintetizadores, gaita, etc), Jonny Buckland (guitarra, violão, sintetizadores, etc) e Will Champion (bateria, percussão, piano, etc).

A canção Brothers & Sisters faz parte do álbum ''Trouble'' lançado em 2000, apesar de que a música foi lançada primeiramente no álbum Safety, o primeiro lançamento público da banda. Conheci a canção através  da trilha sonora da série Roswell, que acompanhei por um tempo. Segue a canção:


brothers and sisters, unite
it's the time of your lives

Filme – Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society, 1989)

Ele foi sua inspiração. Ele fez suas vidas extraordinárias.

Um carismático professor de literatura chega à um conservador colégio, onde revoluciona os métodos de ensino ao propor que seus alunos aprendam a pensar por si mesmos.

Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society, 1989)

Com direção de Peter Weir, lançado em 1989. Conta a história de um professor de poesia nada ortodoxo, de nome John Keating (interpretado por Robin Williams), em uma escola preparatória para jovens, a Academia Welton, na qual predominavam valores tradicionais. Esses valores traduziam-se em quatro grandes pilares: tradição, honra, disciplina e excelência. Já Keating que possui métodos de aprendizagem diferenciados da escola, naquela época os alunos não tinham opção de escolher suas profissões, quem as escolhiam eram seus pais.

Keating incentiva seus alunos a pensar de maneira própria, mas a direção da escola fica insatisfeita com a atuação dele, principalmente quando ele fala sobre a Sociedade dos Poetas Mortos. Os alunos gostam do novo professor e começam a superar seus medos e problemas. Com o seu talento e sabedoria, Keating inspira os seus alunos a perseguir as suas paixões individuais e tornar as suas vidas extraordinárias. O filme mostra também que em certa altura da vida, as pessoas, em especial os jovens, deveriam opor-se, contestar, gritar e sobretudo ser "livres pensadores", e não deixar que ninguém condicione a sua maneira de pensar, mas também ensina esses mesmos jovens a usarem o bom-senso.

A Sociedade dos Poetas Mortos é formada por Todd A. Anderson (interpretado por Ethan Hawke), Neil Perry (interpretado por Robert Sean Leonard), Steven K. C. Meeks Jr. (interpretado por Allelon Ruggiero), Charlie Dalton (interpretado por Gale Hansen), Knox T. Overstreet (interpretado por Josh Charles), Richard S. Cameron (interpretado por Dylan Kussman) e Gerard J. Pitts (interpretado por James Waterston).

Eles fazem encontros a noite em uma caverna para ler poemas. Um aluno em questão ganha ênfase no filme, é Neil, apaixonado por artes. Seu pai quer colocá-lo em um colégio militar, mas Neil não aceita e comete suicídio. Keating é acusado de ser responsável pela morte do aluno. O diretor assume suas aulas e os alunos fazem uma manifestação a favor de Keating.

Dead Poets Society, 1989

Um filme que nos trás um grande aprendizado. Nos ensina a corremos a atrás do que queremos, a sonharmos com o que desejamos e que aproveitemos tudo isso. Emocionante, reconfortante, um longa de 89 mas mesmo assim tão atual. Quantos pais controlam a vida acadêmica de seus filhos, quantos pais são como os de Neil, que o afastam de seu próprio sonho, afastam o filho de quem ele realmente é. Neil Perry se sentiu sufocado. Se sentiu uma marionetismo nas mãos dos pais, e pra ele, não havia saída. Muito triste a vida de um jovem se esvair pelas suas mãos desse jeito, um jovem que incentivava os seus amigos a serem eles mesmos, aproveitar o dia e no fim, ele não pode aproveitar o dele. 

Com o final de Sociedade Dos Poetas Mortos é deixado a lição: Carpe diem, aproveitam o dia, aproveitem o hoje, nunca deixe nada para depois, pois o amanhã será tarde demais.

Filme – O Livro de Eli (The Book of Eli, 2010)

Acredite 1:15:10

Num futuro não muito distante, cerca de 30 anos após o término da guerra, um homem solitário cruza a paisagem devastada da América do Norte. Cidades abandonadas, viadutos destruídos, crateras no solo — ao seu redor, as marcas da destruição catastrófica. Não há civilização aqui, nem lei. As estradas estão dominadas por gangues que matariam um homem pelos seus sapatos, por um copo d’água… ou simplesmente por nada. Mas eles nem se comparam a esse andarilho. Um guerreiro não por opção, mas por necessidade, Eli só quer viver em paz, porém, se desafiado, ele destroçará seus agressores antes que eles se deem conta do seu erro fatal.

O Livro de Eli (The Book of Eli, 2010)

Mais um filme que trata do apocalipse iminente, causado pelo próprio homem, pelas suas guerras e ambições desenfreadas e doentias, aonde no fim nos resta apenas um mundo sem cor, sem paisagem, apenas um mundo cinza, e caótico. Esse é o ambiente do filme, O Livro de Eli. Confesso que gosto muito de filmes apocalípticos, pois parece cada vez mais que a humanidade caminha para isso.

Com direção dos dos irmãos Allen e Albert Hughes, lançado em 2010. Na trama acompanhamos Eli (interpretado por Denzel Washington), uma homem que há 30 invernos caminha em direção ao Oeste carregando e protegendo um livro, este livro era seu companheiro de todos os tempos e era o combustível que ele precisava para seguir a viagem. O filme não entra em detalhes sobre o que aconteceu com a terra que está diante dos nossos olhos. O que vemos é um mundo pós-apocalíptico, destruído por uma guerra. Um mundo sem regras e sem lei. Eli viaja com o livro porque ouviu uma voz, que o orientou a rumar para onde o sol se põe. Eli é da paz, mas ai de quem se meter em seu caminho. E para gerar um pouco de boas cenas ação, alguns se metem. O vilão dessa história é Carnegie (interpretado por Gary Oldman), o chefe de um vilarejo bem interessante, que há tempos caça um livro, que segundo a sua crença, possui palavras poderosas, que podem torná-lo um grande líder e dominador. Bem, não é difícil imaginar que o livro que o bandido quer é o livro que o mocinho tem.

O Livro de Eli (The Book of Eli, 2010)

A perseverança de Eli em meio as dificuldades enfrentadas em sua jornada é o ponto alto do filme. Uma aventura que se pararmos para refletir pode nos deixar ensinamentos valiosos. Em nossas vidas, nem sempre encontraremos facilidades para alcançarmos nossas metas e se as encontrarmos, devemos refletir se este realmente é o caminho a ser seguido.

É um grande filme, que nos mostra que mesmo em tempos difíceis, temos que manter nossa fé, mesmo que não vejamos nada naquele instante.

Andamos pela fé, não pela visão, quer dizer que você tem certeza das coisas, mesmo não sabendo de nada! Não tem sentido, é a Fé, a Fé é a luz da escuridão que me dá força, para seguir em frente.

Esse é o ápice do filme, pois mostra que o sofrimento em alguns momentos é importante! Como homens, buscamos sempre levar vantagem porque somos imediatistas, momentâneos, mas aquele que vive por fé sabe da recompensa que terá por seu sofrimento. Os problemas para o homem que vive na fé verdadeira é uma preparação para a sua grande recompensa futura.

Em um mundo pós-apocalíptico, onde não há legislação e a ignorância é geral, as pessoas não irão temer nada, sua busca pela sobrevivência as fará roubar, matar… pois elas não tem referência daquilo que é virtuoso. Então chega Eli, um homem que conhece a verdade na qual é revelada em um livro, a Bíblia Sagrada, e baseado nesse livro, ele aprende sobre o amor ao próximo, a gratidão a Deus e principalmente que aquele livro não deixará o mal prevalecer e que Deus controla soberanamente o mundo conforme a Sua vontade e que no momento certo a vitória chegará para o justo. Recomendo!

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Filme – A Lista de Schindler (Schindler's List, 1993)

Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro.

Baseado em uma história real do alemão Oskar Schindler, que viu na mão-de-obra judia uma solução barata e viável para lucrar com negócios durante a guerra. Com sua forte influência dentro do partido nazista, foi fácil conseguir as autorizações e abrir uma fábrica. O que poderia parecer uma atitude de um homem não muito bondoso transformou-se em um dos maiores casos de amor à vida da História, quando este alemão abdicou de toda sua fortuna para salvar a vida de mais de mil judeus, em plena luta contra o extermínio alemão.

 A Lista de Schindler (Schindler's List, 1993)

O filme inicia com uma oração do Shabat. Uma vela se apaga e sua fumaça sobe, cortando para a fumaça do trem. Nesse caso, temos a representação da morte.

Lançado em 1993 com direção de Steven Spielberg, o filme traz a história do alemão Oskar Schindler (interpretado por Liam Neeson), um afiliado ao Partido Nazista que chega à cidade de Cracóvia para abrir uma fábrica de panelas para o exército. Em seu negócio, Schindler começa a utilizar mão de obra escrava dos judeus pois, sem precisar gastar com os salários dos operários, ele espera conseguir lucrar muito com as vendas.

Entretanto, com o passar do tempo, Schindler se comove com a tristeza daquele povo e passa a utilizar a fábrica como um meio de salvá-los de serem enviados para os campos de concentração de Auschwitz, onde seriam incinerados. Sendo assim, transforma a fábrica em uma indústria de armamento para as tropas nazistas, o que justifica a permanência dos trabalhadores nela.

Itzhak Stern (interpretado por Ben Kingsley) é um judeu que começa a colaborar com Schindler na administração da fábrica, que também acaba ajudando a falsificar documentos para retirar do caminho dos campos de concentração muitas pessoas, alegando serem "essenciais para o trabalho".

É nesse contexto que somos apresentados a Amon Göth (interpretado por Ralph Fiennes), o Tenente da SS que é enviado a Cracóvia para supervisionar a construção de um Campo de Concentração - o qual retira todos do Gueto e os leva para lá. Oskar Schindler faz uma "amizade" com Göth, subornando-o sempre que necessário para conseguir privilégios em relação a seus trabalhadores. Ele inclusive suborna Amon para que este lhe dê permissão de construir um campo de concentração dentro de sua fábrica, para que os judeus não precisem ficar no "vai e vem" todo dia. Amon Göth era o mal em figura de gente. 

 A Lista de Schindler (Schindler's List, 1993)
Há cenas extremamente fortes, mas necessárias ao contexto e aos olhos de cada um que assista ao filme. A crueldade expressa no longa traz à tona tudo o que a humanidade um dia pode esquecer. É interessante notar a evolução de Schindler, inicialmente pensando somente em lucrar e depois, quando se vê inserido no contexto nazista, o filme mostra perfeitamente suas ações tomadas inteiramente no coração. Diversas frases e cenas marcam este filme, que provavelmente viverá para sempre, como um verdadeiro “livro de história”.

Esse filme, de mais de três horas de duração, levanta também um questionamento: até onde a maldade humana pode chegar? Ele não corta as cenas quando alguém toma um tiro. Ele mostra as coisas como são, nuas e cruas, sem censura alguma. Aliás, é isso mesmo que tenta mostrar, cada condição passada pelos judeus, o sofrimento que causou tudo isso. Isso é história, porque faz refletir mais sobre o que alguém pode fazer a troco de uma ideia doentia.

O filme A Lista de Schindler é baseado no romance homônimo publicado em 1982 por Thomas Keneally sobre Oskar Schindler (1908-1974), um industrial alemão, que durante a Segunda Guerra Mundial salvou 1200 judeus da morte. 

No final, a cena quando Schindler vê quantas pessoas salvou e pensa que poderia ter salvo ainda mais, é emocionante. Enfim, acredito que falta muito ainda o que falar desse filme. Só sei que é uma obra-prima atemporal. É uma parte da história da humanidade. É tantas coisas que nem sei dizer. É um impacto. É um filme definitivo sobre o Holocausto. Um trabalho como esse não altera o passado, mas com certeza pretende impedir que as atrocidades se repitam em um futuro qualquer. Recomendo!

Filme – O Menino do Pijama Listrado (The Boy in the Striped Pyjamas, 2008)

Uma história de inocência em um mundo de ignorância.


Alemanha, 1940. Bruno tem oito anos e vive com sua família em Berlim. Quando seu pai, um oficial nazista, é promovido, ele é obrigado a abandonar seus amigos e se mudar para uma região deserta onde não há nada para fazer. Um dia, o menino ignora a proibição da mãe e anda até um misterioso local cercado, onde todos usam roupas listradas. Lá, ele conhece Shmuel, um garoto de sua idade que vive do outro lado da cerca. Os dois desenvolvem uma amizade proibida, que terminará por introduzir Bruno no terrível mundo dos adultos.

O filme aborda temas políticos, sociais e, principalmente, Históricos, não expondo nenhuma vítima, mas trazendo uma mensagem de uma emocionante trajetória relatada pelo cinema, sobre um dos maiores massacres da história da humanidade.

Asa Butterfield interpreta Bruno

Pela janela de seu quarto, um menino de oito anos consegue avistar uma grande ''fazenda'', onde adultos e crianças passam o dia todo vestidos com pijamas listrados. É a partir da curiosidade em relação a essa imagem inusitada que se desenvolve toda a história de "O Menino do Pijama Listrado". Lançado em 2008, com direção de Mark Herman, o filme se passa em 1940 e tem início quando o garoto Bruno recebe a notícia de que terá que deixar sua confortável casa em Berlim e se mudar com a família para um lugar isolado, no campo. O motivo é a promoção de seu pai, um oficial nazista, que para ele é apenas um soldado.

Logo que chega à nova casa, essa fazenda que ele avista do quarto passa a ser a possibilidade que ele tem de alterar a rotina solitária do lugar e arranjar alguém para brincar. E é isso que ele busca quando desobedece as orientações de sua mãe e vai até o jardim dos fundos, de onde sai em direção àquelas pessoas de pijamas listrados. Lá, ele conhece Shmuel (interpretado por Jack Scanlon), que também tem oito anos, mas vive do outro lado da cerca. As visitas ficam cada vez mais frequentes e, curioso, ele passa a perguntar a seus pais e à sua irmã o que é esse lugar e quem são aquelas pessoas, mas as respostas, ora evasivas, ora negativas, não têm nada a ver com o que seu coração lhe diz.

O Menino do Pijama Listrado (The Boy in the Striped Pyjamas, 2008)

O tal campo de concentração, como chamam, não tem nada de belo e de alegre como ele vê nos vídeos mostrados a seu pai, e o menino judeu não se parece em nada com o monstro desenhado por todos. Então por que ele tem que ser inimigo? Essa é uma das coisas que Bruno não consegue entender. Mas se o amigo Shmuel não pode vir para o lado de cá da cerca, por motivos que ele também não compreende, então talvez seja mais fácil que ele mesmo passe para o lado de lá. E é exatamente essa decisão que ele toma quando Shmuel pede ajuda para encontrar o seu pai que não voltou de um ''serviço''.

O filme é baseado na obra homônima do irlandês John Boyne, escrito em 2007. Consigo definir o filme em uma palavra: inocência. É uma história que mexeu muito comigo e com certeza permanecerá na minha memória por um bom tempo. Levanta o debate que nenhuma criança nasce preconceituosa, são os adultos que colocam a maldade no coração das crianças. Já o desfecho deixa a lição que não importa status ou riqueza, no final somos todos iguais. Recomendo!

Filme – A Caminho de Casa (A Dog's Way Home, 2019)

Existem algumas ligações que nenhuma distância pode quebrar.

Maravilhoso filme que narra a comovente aventura de Bella, uma cachorrinha pitbull que se lança numa viagem épica de mais de 600km de volta para casa, depois de se ver separada de seu querido humano, Lucas, um jovem estudante de Medicina e voluntário no Hospital dos Veteranos. Bella afeta a vida de muitos ao longo de sua determinada expedição; de uma filhotinha órfã de puma a um veterano sem-teto no fundo do poço, Bella traz alegria e consolo a todos aqueles que conhece com sua fé e seu espírito único.

A Caminho de Casa (A Dog's Way Home, 2019)

Com direção de Charles Martin Smith, baseado no livro homônimo de W. Bruce Cameron. O longa conta a história de Bella, uma cadelinha adotada por Lucas (interpretado por Jonah Hauer-King) quando ainda era bem pequena. Ela logo conquista todos à sua volta, mas muito travessa, gosta de correr atrás de esquilos na rua. Em uma dessas aventuras, acaba sendo pega pelo Controle de Animais, devido uma lei local que proibe a circulação de cachorros da raça pitbull e acaba sendo levada para um abrigo a 400 milhas de distância de sua casa. Entretanto, Bella consegue fugir e não se dará por vencida e viverá uma jornada cheia de aventuras, até reencontrar seu dono.

O grande diferencial aqui é o filme ser narrado pela própria Bella, em primeira pessoa. Mas por que vale tanto a pena assistir esse filme? Bem, é comum o amor que move a relação entre humanos e os animais sustentar vários outros bons filmes, mas a história de Bella segue esse script da luta do amor frente a forças que tentam atrapalhar, contudo temos aqui uma verdadeira epopéia de forças contrárias e o que fica o tempo todo em destaque não é esse negativismo, mas o amor sempre tentando superar o que parece insuperável. O amor sempre vence.

A Caminho de Casa (A Dog's Way Home, 2019)

Há quem pense que os homens dependem tanto dos animais quanto eles dependem da gente. O amor incondicional de um cachorro tem muito a ensinar ao nosso egoísmo natural. Existe sim uma ligação fora do convencional nessa relação que faz a nossa aparente superioridade na inteligência ser o menos importante frente a empatia e o amor puro dos dogs. A verdade é que cachorros ensinam os homens a amar. Bella enfrenta uma jornada absurda para ficar junto de seu amado dono Lucas porque afinal de contas ele é a pessoa da vida dela, assim como ela é a cachorra da vida dele.

Quem acessa o blog há um tempo pode perceber que eu me amarro em filmes caninos, já compartilhei vários aqui como Meu Cachorro Skip, Shiloh, Benji, Beethoven (apesar de nunca ter publicado nada ainda aqui). Enfim, filmes assim aquecem nosso coração. Quando se tem bichinhos de estimação em casa, esse tipo de filme mexe ainda mais com a gente. Recomendo!

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Na Minha Playlist #231: Faith No More - Easy

Depois de um longo dia, é hora de fechar o dia com uma boa música. Não é mesmo? Acho que é a primeira vez que compartilho aqui com vocês a banda Faith no More. Não sou fã deles, mas essa música certamente está na minha playlist. 

Faith No More

Para quem não conhece, é uma banda americana formada nos anos 1980 na cidade de São Francisco, Califórnia, Faith No More (FNM), com sua fusão de heavy metal, funk, hip-hop e hard-rock, conseguiu um grande sucesso internacional, principalmente com os álbuns 'The Real Thing' (1989) e 'Angel Dust' (1992).

São raras as bandas (ou artistas) que conseguem agradar a todos os ouvidos. No universo do rock, pautado quase sempre pelo radicalismo, a tarefa é um pouco mais difícil. Porém, o Faith No More conseguiu a façanha de ganhar o respeito de todos que um dia já ouviram o trabalho da banda.

Tendo influenciado dezenas de artistas da atualidade, não sendo raro encontrar músicos que referenciam os álbuns do FNM como melhores da década passada. Acima disso, há também o espírito da canção desafiadora, do não-conformismo com o sucesso fácil que o Faith No More viveu na pele e fez questão de trazer para os terrenos mainstream. Objetos de culto, a banda reside hoje entre as que melhor trazem o espírito da primeira metade da década de 1990.

Já a canção que compartilho aqui, cujo nome é ''Easy'', que na verdade, originalmente é uma música da banda The Commodores e que primeiramente foi interpretada pelo Lionel Ritchie. Em 1992, foi a vez da música ganhar uma nova vida pelo Faith No More, a lançando como single em dezembro daquele ano. Esta versão tornou-se um sucesso mundial, alcançando o número #1 na Austrália e se tornando um dos dez maiores sucessos em oito outros países. Foi menos bem sucedido do que a versão original da Billboard Hot 100, chegando ao número #58, apesar de que eu prefiro essa regravação do que a original.

Ahh, a canção expressa os sentimentos de um homem quando termina um relacionamento. Em vez de ficar deprimido com o rompimento, ele afirma que é "é fácil como as manhãs de domingo" como diz a letra. 

Ouça!



I am easy

Livro: “A Ópera Dos Ladrões” de Lucy Moore

A verdadeira história dos dois reis do crime na Londres do século XVIII.

Na primeira metade do século XVIII, Londres caminhava para se tornar a mais populosa cidade do mundo. Era rica, as lojas exibiam produtos refinados e sua elite desfilava ricas perucas, usava colheres de prata em casa, delicados lenços e finas caixas de rapé quando iam a Covent Garden, Soho e Picadilly. Contudo, não tinha uma força policial profissional, estando a segurança pública na dependência do trabalho de cidadãos não remunerados. Londres era, assim, o paraíso dos ladrões.

Esta é a Londres revelada pela historiadora e escritora britânica Lucy Moore, através das vidas de Jack Sheppard e de Jonathan Wild, personagens do submundo que os primeiros jornais diários transformaram em símbolos do período. A Autora nasceu na cidade em 1970, mas foi criada nos Estados Unidos, retornando mais tarde à Grã-Bretanha para graduar-se em História pela Edinburgh University, sendo este seu primeiro livro.

Capa do livro “A Ópera Dos Ladrões” de Lucy Moore

Sheppard chegou a ser um aprendiz de marceneiro que gastava o tempo bebendo e jogando, antes de iniciar seu aprendizado de pequenos golpes com uma prostituta que limpava seus clientes. Preso após alguns roubos, não passaria de um ladrãozinho vulgar não fosse sua extraordinária habilidade de fuga. Primeiro libertou sua amante; depois, escapou ileso da cadeia forçando uma série de fechaduras, escalando muros e saltando telhados. Recapturado, escapou novamente. Antes de ser preso definitivamente, se tornara uma lenda para um público que admirava sua capacidade de colocar as autoridades em apuros. 

Já Wild, foi um personagem singular. Após uma temporada na cadeia por dívidas, o que era comum à época, começou a ganhar a vida no ramo de objetos recuperados: devolvia bens roubados a seus legítimos donos, por um preço justo. Auto-intitulava-se caçador de ladrões, chegando a servir como consultor do Conselho Municipal, apresentando sugestões para sufocar a onda de crimes, ao mesmo tempo em que controlava uma rede de ladrões e prostitutas, que dependiam de seu dinheiro e sua proteção. Sheppard, ladrão do tipo romântico, foi um dos poucos a se recusar a participar da "organização" de Wild, o que foi o estopim que levarias a ambos, o ladrão e o caçador de ladrões, ao mesmo destino, a praça de execuções de Tyburn. Antes de morrer, Jack Sheppard foi biografado por Daniel Defoe e retratado por James Thornhill, pintor da corte, enquanto Jonathan Wild inspirou John Gay na Criação de The Beggar´s Opera

Num retrato memorável da Londres georgiana, a autora Lucy Moore reconstrói o mundo do crime em toda sua sórdida fama, numa história fascinante que se entranha no lamaçal do crime, nos convidando a pensar sobre o estranho fascínio que a criminalidade exerce sobre as pessoas. Rico na utilização de fontes primárias, só havendo acréscimos atuais quando auxiliem a compreensão do entorno dos fatos, o livro nos fornece uma clara percepção da sociedade londrina e vários de seus aspectos. No tocante a religião, há varias situações que deixam transparecer a situação do clero e sua relação com os fiéis. Há também, relatos sobre as atividades do metodistas, inclusive de John Wesley.

Pela pesquisa histórica muito bem elaborada, pelo estilo literário da Autora, pelo conjunto editorial, este livro merece ser lido e utilizado por aqueles que querem uma melhor compreensão daquele período da história. Vale a pena!

Meus Discos #13 – CD “Divine Discontent” Sixpence None The Richer

Sixpence, é sem dúvida, uma das melhores bandas com integrantes cristãos (já que não podemos chamá-la de banda essencialmente cristã) dos últimos tempos! É ótimo podermos contar com a linda voz de Leigh Nash e a criatividade gigantesca de Matt Slocum, um verdadeiro gênio da composição na música pop. 

Para quem não conhece, quero contar mais um pouco sobre esta banda. O quarteto [na época] surgiu no ano de 1993. Desde então, lançaram 6 ótimos discos e algumas coletâneas próprias, além de ter participado de inúmeros projetos, além de ter diversas músicas incluídas em vários filmes [Ela é Demais com a música "Kiss Me", Mais Que o Acaso com o ator Ben Affleck e as músicas "Need To Be Next To You" e "Love", entre muitos outros...] e séries de televisão [Smallville, Felicity, entre outros...]. Todo este reconhecimento só veio em meados de 1999, dois anos após o lançamento do disco auto intitulado [anterior ao Divine Discontent], onde se encontraram verdadeiros hits como "Kiss Me" e "There She Goes", músicas que cativaram tanto o público cristão como secular, levando a banda às alturas do sucesso. 

Bom salientar que os discos da banda anteriores ao sucesso também são de extrema qualidade criativa e musical, criando sempre músicas de lindas melodias seguindo uma linha mais "clássica" do pop. 

No seu auge a banda contou com com 6 integrantes e foi considerada uma das maiores e melhores bandas pop daquela época [começo dos anos 2000]. 

“Divine Discontent” Sixpence None The Richer

De fato, o disco Divine Discontent foi produzido no ano de 2000, mas devido a uma série de problemas com a sua gravadora, a "Squint Entertainment", o álbum só pôde ser lançado em [2002], o que causou muita dor de cabeça para a banda... e algumas mudanças no produto final. 

A primeira música do disco é "Breath Your Name", primeiro single da banda para as rádios, que se tornou um verdadeiro sucesso. Com um olhar cristão, a canção fala sobre deixarmos a nossa vida à disposição daquilo que Deus quer fazer. Logo após você pode ouvir "Tonight", excelente também! É realmente simples, porém, muito linda, possuindo uma letra que pode adquirir diversos sentidos. O que abre para qualquer tipo de interpretação, ótimo, né?

"Down and Out of Time", cuja letra foi escrita pela própria Leigh Nash é outra linda música, mais calma que as anteriores. Slocum [que fez a música para esta letra] é um especialista em criar sequências não usuais sem soar experimental demais, como nesta música. 

Em seguida, você poderá ouvir um cover da música "Don't Dream It's Over", tocada originalmente pela banda "Crowded House" em 1987 [um dos maiores hits da banda], e que nas mãos do Sixpence, ganhou nova vida. Está é, inclusive, a música que faz parte da trilha sonora da série Smallville! "Walking On The Sun" foi escrita pelo produtor Ron Aniello e também pelo vocalista da banda Lifehouse, Jason Wade (sou fã desse cara). Se você gosta e já ouviu Lifehouse, você poderá notar algumas similaridades, como o ar 'southern' da música (que inclusive vez ou outra comento aqui no blog). 

"Still Burning" já é uma música mais no estilo Sixpence de ser. A interpretação que dei para esta música [é realmente difícil interpretar as músicas do Sixpence], foi que ela trata sobre a amizade, e que devemos estar disponíveis para ajudar uns aos outros. A seguir, você ouve "Melody Of You", uma música guiada basicamente por um violão dedilhado. Sua letra pode ser interpretada como dirigida a uma outra pessoa, mas ela foi originalmente escrita como uma música de adoração a Deus cheia de poesia e figuras de linguagem. É muito bom vermos quando a arte em si está sendo usada em nome de Deus, em toda a sua essência, e não somente baseada nos famosos jargões cristãos. 

"Paralyzed" é a música mais ''pesada'' do disco, meio revoltada, pois foi baseada no fato da morte de um jornalista durante a guerra de Kosovo em 1999. O assunto pode soar meio antigo para a nossa época, mas vale lembrar que em 2000 o disco já estava pronto, seu lançamento que foi exaustivamente adiado por causa dos problemas da gravadora. Para acalmar os ânimos, em seguida você pode ouvir "I've Been Waiting" que fala sobre frustrações em relacionamentos amorosos. Depois você ouve a segunda música escrita por Leigh "Eyes Wide Open". Uma música muito legal, mas que porém, não consegui entender nada da letra. Dizem que ela foi inspirada pelo medo que Leigh Nash tem de voar [olhando por este lado, a música se torna um tanto quanto trágica, mas mesmo assim, muito legal]. 

"Dizzy" é uma ótima descoberta do disco! Uma música guiada inicialmente pelo piano e uma pequena orquestra. Com seus seis minutos e meio de duração, ela é uma declaração de dependência de Deus. Ela é como uma oferta de vida, citando diversos heróis da história cristã, como Tomé, o rei Davi e Pedro. Todos erraram [e quem não erra? aí está o 'tchan' da música] mas eram filhos amados de Deus. Davi, foi chamado de "homem segundo o coração de Deus", Tomé se manteve como discípulo e apóstolo de Jesus Cristo, e a Pedro foi dada a responsabilidade de cuidar do povo de Deus na terra, da Sua igreja. Em seguida você ouve "Tension Is A Passing Note", uma das músicas preferidas de Leigh para este disco, por ser extremamente honesta, conforme ela mesma diz em uma entrevista dada ao site JesusFreakHideOut.com. No meu ponto de vista, ela traz uma certa brasilidade em sua melodia, tanto nos acordes como na forma como o violão é tocado. 

Para finalizar você acompanha "A Million Parachutes", uma balada muito gostosa e perfeita para amarrar este disco. Ela te insere em um ambiente, como se você estivesse em uma cabana, e lá fora estivesse chovendo o dia inteiro, falando sobre saudade e solidão. 

Enfim, um álbum espetacular do Sixpence, e você sabe... se é Sixpence, é ótimo, e vale a pena ouvir! 

Ouça!



segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Filme – O Zoológico de Varsóvia (The Zookeeper's Wife, 2017)

Eles deram tudo o que tinham para salvar tudo o que podiam

Em 1939, na Polônia, Jan e sua esposa, Antonina, são os donos do zoológico de Varsóvia. Quando a Alemanha nazista invade o país, eles decidem ajudar o máximo de pessoas possível oferecendo abrigo. Mas o segredo é ameaçado por Lutz Heck, zoologista alemão a quem eles são obrigados a reportar. Em pouco tempo, eles começam a trabalhar com a resistência e planejam salvar centenas de vidas ameaçadas pela invasão.

O Zoológico de Varsóvia

O filme tem início pouco antes da Polônia ser invadida pela Alemanha, em 1º de setembro de 1939, possibilitando o espectador de conhecer o quão tenso era se viver ali naquele período. A cena do bombardeio mostra muito bem o perigo que é viver num país em guerra. Vivendo em Varsóvia (sim, onde foi criado o Gueto de Varsóvia), Jan Zabinski (interpretado por Johan Heldenbergh) é o responsável pelo zoológico da cidade junto com Antonina (interpretada por Jessica Chastain), sua esposa. 

É Antonina que toma a iniciativa de ajudar aos judeus que estão perdendo, cada dia mais, sua cidadania, deixando Jan apreensivo, a princípio. Mas logo, o homem vê seus amigos perdendo a casa, pertences, tendo que viver no gueto, ficam sem liberdade e direitos. Então, o casal decide esconder o máximo de judeus no porão onde ficavam os animais do zoológico que acabaram ou sendo mortos ou sendo levados para outro lugar. Para que os nazistas não descobrissem o que estavam fazendo, eles pediram autorização para criar porcos. O filme mostra também o assédio que Antonina sofre para manter o segredo da família diante do Oficial Nazista. Outra cena bastante impactante mostra que os judeus e as minorias não eram nada além de uma praga que deveria ser exterminada do Reich, mas serviam para os desejos de soldados nazistas.

A personagem principal, que esta sob a pele de Jessica Chastain (com uma atuação fenomenal), é a grande alma do filme. Sua delicadeza e coragem com que encara essa nova fase em sua vida é algo bem nítido nas emoções da personagens, principalmente nos diálogos com seu marido e o modo como tenta lidar com as ações e observações de Lutz Heck (interpretado por Daniel Brühl). Antonina é uma guerreira da era moderna, sua luta é ajudar a quem precisa mesmo que isso coloque ela e sua família em constante perigo. Todo o carinho e dedicação com sua família refletem nos novos hóspedes que abriga, respeitando suas tradições e sendo uma referência para as crianças que ficaram longe de suas famílias.

Jessica Chastain interpreta Antonina em O Zoológico de Varsóvia

O filme é adaptado do livro que leva o mesmo nome e foi escrito pela autora Diane Ackerman. Antonina e Jan Żabiński, um marido e esposa cristãos, supervisionavam os animais do Zoológico de Varsóvia, na Polônia, durante a década de 1930, com muito amor e cuidado.

O Zoológico de Varsóvia floresceu e se tornou um destino, que pessoas de toda a Europa iam visitar. Mas o ano de 1939 marcou um ponto alto na história do casal. Os nazistas invadiram a Polônia e diversas nações acabaram mergulhando na Segunda Guerra Mundial.

A compaixão e as convicções do corajoso casal resultaram em centenas de vidas salvas. De acordo com o romance, "The Zookeeper's Wife", Jan e Antonia eram cristãos que se sentiram chamados a lutar contra a opressão nazista.

Belo, triste e esperançoso, O Zoológico de Varsóvia é um filme que mostra que é possível fazer a diferença no meio de tanta crueldade. É um filme triste sim, mas histórias assim precisam ser contadas, foi uma época negra na história da humanidade (é triste ver o quão cruel foram os nazistas nesta opressão em cima dos judeus), mas que nos dar esperança que a humanidade ainda tem jeito, a iniciativa dessa família salvou centenas de vidas e fica a lição de que é sempre possível fazer a diferença mesmo em situações adversas. Recomendo!

Uma frase do filme para encerrar o post:


Talvez seja por isso que eu amo tanto os animais. Você olha em seus olhos e sabe exatamente o que está em seus corações.