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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

É hora de aventura, Charlie Brown!

Neste filme de animação, Charlie Brown e toda aquela turminha vão para um acampamento localizado nas Montanhas Rochosas, onde o grande evento é a corrida anual de canoagem no rio. Concorrendo com Charlie Brown e seus amigos, tem uma gangue de valentões que sempre vencem a corrida, devido as táticas sujas e as trapaças. Desta vez, não é diferente, e Charlie Brown tem que superar sua falta de confiança, se sua equipe tem alguma chance de vencer.

A Turma do Charlie Brown (Race for Your Life, Charlie Brown, 1977)

As crianças são divididas em três grupos: o grupo dos meninos: (liderados por Charlie), o grupo das meninas: (Liderada por Patty Pimentinha) e Snoopy e Woodstock. Charlie Brown é um líder muito relutante do grupo de garotos, bem-intencionado, mas lutando com suas inseguranças. Por outro lado, Patty, a líder do grupo de garotas, que está muito confiante, apesar de sua incompetência como líder; grande parte do motivo pelo qual ela é incompetente como líder se deve à sua insistência em todas as decisões, por menores que sejam, sendo confirmada por uma votação em grupo, de forma democrata. Fiel à personalidade de Patty Pimentinha, quando o resultado é desfavorável para ela ou termina em um empate, ela tende a anular a decisão (hahaha, isso me faz rir demais).

As crianças enfrentam diferentes obstáculos: se perdem, ficam presos, tempestades, nevascas e sabotagem dos garotos mais velhos. Snoopy abandona a corrida para procurar incansavelmente Woodstock logo quando uma tempestade os separa; depois de uma longa busca, eles conseguem se encontrar e se reúnem alegremente. Quando os agressores sabotam as jangadas de Patty e Charlie Brown, os grupos de meninos e meninas trabalham juntos em uma jangada, com Charlie Brown como líder do grupo fundido. Charlie Brown começa a crescer mais em seu papel de liderança. O grupo desce uma rampa d'água semelhante a um toboágua em um parque de diversões. No entanto, isso é percebido pelos agressores, que param a roda d'água pressionando-a com um tronco, o que resulta em um grupo mesclado preso no topo da roda. Charlie Brown diz que, como líder, cabe a ele resolver problemas. Graças à crescente autoconfiança e liderança de Charlie Brown, a gangue está prestes a vencer a corrida no clímax depois de superar probabilidades consideráveis. Infelizmente, Patty Pimentinha incita as meninas a comemorar cedo demais e elas acidentalmente derrubam os meninos na alegria do momento; quando tentam resgatá-los, os agressores aproveitam a oportunidade para avançar na corrida.

A Turma do Charlie Brown (Race for Your Life, Charlie Brown, 1977)
A Turma do Charlie Brown (Race for Your Life, Charlie Brown, 1977)

Enfim, entre muita confusão para ninguém botar defeito (esse trecho foi criado pelo narrador da Sessão da Tarde), enquanto a turma entra no ônibus para ir para casa, Charlie Brown pensa em voz alta usar a experiência como uma lição para ser mais confiante e assertivo, e acreditar em si mesmo. Infelizmente, logo depois que ele termina de falar, o ônibus sai sem ele pela segunda vez (como no início do filme) e, como antes, ele é forçado a pegar uma carona na motoca do Snoopy novamente.

Quando eu era mais novo, costumava assistir Charlie Brown e o Snoopy na Nickelodeon e aprendi a amar o desenho e as verdadeiros lições que ele nos ensina. Só não curtia ter que interpretar as tirinhas do 'Minduim' na hora das avaliações da escola (um terror, rsrs). Mas enfim, Charlie Brown é o estereótipo do perdedor amável, uma criança dotada de infinita esperança e determinação, mas que é dominada por suas inseguranças e uma permanente má sorte, e aqueles que o cercam muitas vezes se aproveitam dele. Algo familiar? Acredito que tenho um Charlie Brown dentro de mim, mas estou mudando isso.

Esse filme foi um especial, lançado em 1977 e escrito por Charles M. Schulz e que o SBT chegou a exibir várias vezes. Eu amava demais e esses dias pude rever no Amazon Prime Video. Sem dúvidas, uma opção para toda a família ou para quem quer ver algo mais leve e assim se divertir.
Filme – A Turma do Charlie Brown (Race for Your Life, Charlie Brown, 1977)
dezembro 24, 2019

Filme – A Turma do Charlie Brown (Race for Your Life, Charlie Brown, 1977)

As vezes se chora porque se está feliz.


Ícaro, apelidado de Abobrinha, perde sua mamãe em um acidente e é levado por Raymond, um policial, a um lar para crianças. Lá, ele faz novos amigos, como Simon, Ahmed, Jujube, Alice e Béatrice, que não foram poupados pela vida. É onde, Abobrinha começa a aprender o significado da confiança e do amor verdadeiro. 

Lançado em 2016, dirigido por Claude Barras e escrito por Céline Sciamma. A animação conta a história de Abobrinha (seu nome real é Ícaro, como dito mais acima), menino que perde a mãe de forma repentina e vai para um abrigo. Ele se torna amigo do policial Raymond. No abrigo ele conhece outras crianças com histórias tão trágicas quanto a dele: filhos de imigrantes deportados, pais com problemas psiquiátricos, uso de drogas ilícitas, presos, etc. Lá, conhece Camile, que logo chama sua atenção, ela se enturma rapidamente se impondo logo no primeiro contato com as crianças do abrigo, e assim conquista amizade de todos.

Minha Vida de Abobrinha (Ma vie de Courgette, 2016)

O filme faz referência às crianças negligenciadas que tentam sobreviver e lidar com problemas decorrentes de tal condição. Abobrinha, aos 9 anos, tem de lidar com uma mãe alcoólatra que o maltrata, ao que tudo indica seu pai os abandonou, e no abrigo descobre a amizade e o carinho que não tinha em casa. As crianças se apoiam e cuidam uma das outras. No começo ele teve problemas em ser aceito, mas logo Simon, o garoto problema do abrigo, se torna seu melhor amigo enquanto Abobrinha se adapta à nova vida.

Através do cotidiano dessas crianças, vemos o desenrolar das personalidades de cada um deles e como amizades e principalmente o amor entre amigos pode fazer uma grande diferença na construção de vidas melhores. É de cortar o coração saber que essa turma que começou aos tropeços e alcançou uma harmonia adorável um dia irá se separar, cada um com seu próprio rumo. Mas, essa é a vida, né? Saber que certos amigos fizeram diferença na nossa vida e estarmos prontos ou não para deixá-los ir, para vê-los menos, para continuar amando-os à distância. Me faz lembrar aqueles amigos da escola, quando aqueles dias pareciam não ter fim.

Minha Vida de Abobrinha é uma história singela e doce sobre amizade, mudanças, compaixão e amor. Eu não sei vocês, mas eu amo animações stop-motion. Sem falar que esse filme pode nos ajudar a refletir sobre como a vida de uma criança pode ser pesada e a importância dos amigos e do apoio para lidar com os problemas. Exemplo disso é um dialogo entre Abobrinha e Camile, durante uma excursão: na conversa, Abobrinha diz que às vezes se imagina adulto e ainda com a mãe, e que se vê bebendo muito, assim como ela fazia, mas que está feliz em saber que isso não irá acontecer. Essa premissa é um pouco dolorosa, mas a narrativa é leve, então não chega a ser um dramalhão. Eu gostei. Acredito que é a primeira animação que comento aqui no blog, e comecei bem, né? Ainda mais uma animação indicada ao Oscar. Por fim, recomendo. Boa sessão!
Filme – Minha Vida de Abobrinha (Ma vie de Courgette, 2016)
dezembro 24, 2019

Filme – Minha Vida de Abobrinha (Ma vie de Courgette, 2016)

sábado, 14 de dezembro de 2019

Não se solte

Os astronautas Ryan Stone e Matt Kowalski estão em um ônibus espacial para realizar uma missão de rotina, mas um grave acidente destrói a nave e eles ficam completamente sozinhos no espaço e sem conexão com a Terra. Protagonizado por Sandra Bullock e George Cloney, Gravidade recebeu sete Oscars, incluindo o de melhor diretor para Alfonso Cuarón.

Gravidade (Gravity, 2013)

No filme, a Dra. Ryan Stone (interpretada por Sandra Bullock) e o veterano Matt Kowalski (interpretado por George Clooney) estão em uma missão rotineira para reparar o telescópio espacial Hubble. Os astronautas batem papo com o comando da missão em Houston, Kowalski conta piadas até que uma ordem de abortar a missão chega. Todo mundo deve parar o que está fazendo, pois destroços de um satélite vão em direção ao ônibus espacial. A partir daí, Stone e Kowalski precisam achar um jeito de sobreviver em tal ambiente hostil, sem nenhum contato com o comando da missão, correndo o risco de ficarem sem ar ou de serem atingidos por destroços do tal satélite danificado. A Dra. Stone então percebe que precisa sobreviver de qualquer jeito a partir daí.

Um ponto forte do filme que me fez refletir bastante foi quando ela começa a imitar um cachorro. O motivo não direi, mas o que importa é a reflexão implícita: Até onde um ser humano, quando está com todos os seu limites sendo testados pode chegar apenas para ter uma ideia de contato humano? É por esses e outros motivos que Gravidade conquista logo de cara, merecendo entrar nos rankings de melhores filmes.

É justamente isso que o filme lida, com vários sentimentos diferentes. A solidão, a morte, o desejo da sobrevivência, o raciocínio lógico em uma situação crítica, o medo do vazio que chega a ser ensurdecedor de tão grandioso que se apresenta no filme. Você oscila entre o capacete de Stone e uma visão de uma terceira pessoa, captando suas angústias, sua vida sofrida na Terra e a dificuldade de um resgate. 

Os efeitos especiais são incríveis. As cenas dos mesmos flutuando, girando sem controle em um mundo sem atrito, tudo isso ficou tão perfeito que faz do filme um verdadeiro deleite para os olhos e para a cabeça. Uma ficcão científica que não ofende, que respeita o fã do gênero. Eu gostei bastante. Recomendo!
Filme – Gravidade (Gravity, 2013)
dezembro 14, 2019

Filme – Gravidade (Gravity, 2013)

Uma história comovente.

Uma história inspirada em eventos reais sobre Chris Garner, um vendedor de São Francisco que vive no limite da linha da pobreza. Quando sua mulher o abandona, Chris deve criar sozinho o filho deles de 5 anos, Christopher. A determinação de Chris finalmente surte efeito quando ele arruma um estágio sem remuneração em um programa ultra-competitivo de analista financeiro, onde somente um em cada vinte candidatos consegue ser efetivado. Mas sem salário, Chris e seu filho são despejados do apartamento em que vivem e são forçados a dormir nas ruas, em abrigos comunitários e até mesmo em banheiros das estações de metrô. Com determinação e o amor e confiança de seu filho, Chris Gardner dá a volta por cima para se tornar uma lenda em Wall Street.

À Procura da Felicidade (The Pursuit of Happyness, 2006)

Lançado em 2006, inspirado na vida de Chris Gardner, um ex-vendedor de São Francisco que conseguiu se tornar um milionário corretor das bolsas de valores. No filme, interpretado por Will Smith, Chris Gardner é a personificação da Lei de Murphy. Tudo o que poderia dar errado em sua vida, deu. Perdeu a esposa, a casa, o carro e suas economias em um investimento furado em scanners ósseos que logo caíram em desuso. Só sobraram seu filho, de 5 anos, e seu sonho. Sem dúvidas uma das melhores atuações de Will Smith, aqui atuando ao lado do seu filho, Jaden Smith

Nunca deixe ninguém dizer que você não pode fazer alguma coisa. Se você tem um sonho, tem que correr atrás dele. As pessoas não conseguem vencer e dizem que você também não vai vencer. Se quer alguma coisa, corre atrás.

'À Procura da Felicidade' é daqueles dramas envolventes que nos passam a ideia de que a vida tem um sentido maior e que devemos buscar os nossos sonhos. O próprio protagonista em uma cena diz a seu filho que nunca deixe ninguém dizer o que ele não pode fazer. Nem mesmo ele. Se temos um sonho devemos buscá-lo. É essa certeza que nos impulsiona a viver. Por isso, o filme nos toca tão profundamente. Quem não tem um sonho guardado em algum lugar dentro de si?

Nos sugere momentos de reflexões, um momento de inspiração que nos mostra que apesar de todas as adversidades, somos capazes de vencer nossas dificuldades e alcançar nossos sonhos, afinal não existem vitórias sem sacrifício. É sobre nunca desistir, independente da nossa atual situação, sigamos em frente acreditando em nossos objetivos. Buscar a eficiência e sempre focar no resultado. Não sofrer por antecipação, viver o hoje sempre de forma intensa, celebrando nossas conquistas e compartilhando com quem realmente se importa com a gente. A história de Chris Garner sem dúvida ficará marcado na mente de muitas pessoas, em especial aquelas que lutam, seja no ramo financeiro, amoroso, escolar, que nunca será um(a) fracassado(a). Grandes lições em um grande filme. Recomendo!
Filme – À Procura da Felicidade (The Pursuit of Happyness, 2006)
dezembro 14, 2019

Filme – À Procura da Felicidade (The Pursuit of Happyness, 2006)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Todos no mundo esqueceram dos Beatles. Todos, exceto Jack...

Um músico esforçado percebe que ele é a única pessoa na Terra que consegue se lembrar dos Beatles depois de acordar em uma linha do tempo alternativa onde eles nunca existiram.

Yesterday (2019)

Já imaginou um mundo sem os Beatles? Como seria? Seja como for, gostando ou não, os Beatles tiveram um papel fundamental na história da música, ditaram tendências e a inspiraram muitas bandas que surgiram anos depois, como o Oasis. Mas como seria isso sem eles? Temos uma amostra desse mundo através do filme Yesterday, filme lançado em 2019 com direção de Danny Boyle e escrito por Richard Curtis.

A trama de Yesterday se baseia em uma premissa interessante: Apresenta Jack Malik (interpretado por Himesh Patel), um músico frustrado que, depois de mais um show para meia dúzia de gatos pingados, decide abandonar a carreira artística. Até que ocorre um apagão em escala global (sem qualquer explicação sobre o seu motivo), ele é atropelado por um ônibus e, quando retoma a consciência, percebe que vive em um mundo no qual os Beatles realmente não existiram.

Ao sair do hospital vai se encontrar com os amigos que lhe pedem que cante algo. Jack então diz que só uma música pode expressar o que sente. Então canta Yesterday dos Beatles. Lindamente.

Seus amigos se surpreendem com a qualidade musical da canção e lhe perguntam quando compôs? Ele, porém, acredita que estão brincando. Mas quando chega em sua casa, pesquisa no Google pelos Beatles e não encontra nenhuma resposta além de  “besouro”.

Para nós não interessa se isso é possível ou não. Mas a ideia é ótima. O que se sabe é que ele é o único na Terra que conhece os Beatles. E imaginem o que isso pode render na mão de um músico? E para situar a história na atualidade, quem aparece para conhecer Malik é o excelente compositor e cantor britânico, Ed Sheeran. Ed leva Jack para abrir seu show e impulsiona sua imagem mundialmente. Enquanto isso a trilha sonora nos encanta cada vez mais.

Tem um momento do filme em que Jack fala pra sua produtora que quer dizer algumas palavras para o público no fim do show, e a produtora responde “ok, pode fazer isso, mas quando você não está cantando, normalmente não tem muito a dizer”. Essa cena resume muito bem sobre o que é o filme, é sobre o que temos a dizer. Quando você tem algo a dizer ao mundo isso se transborda através da arte, da música… isso faz de você um artista. Jack não tem nada a dizer, é incapaz de perceber o mundo a sua volta, ou a mulher que o ama – por isso ele não é ouvido e sua música é vazia. Quando ele se apropria das músicas dos Beatles ele passa a ser ouvido. Mas ele não viveu aquilo que aquelas canções carregam. Essa é uma bagagem que ele ainda não tem. E esse desconforto, você sente durante todo o filme.

Por fim, é um filme despretensioso, leve e divertido. Um belo tributo aos Beatles. Filme para curtir em casa, com uma boa companhia, de preferência debaixo de um cobertor. Como diz um personagem importante no filme: a vida é simples, se você ama uma pessoa, diga que a ama e seja verdadeiro consigo mesmo. Recomendo!
Filme – Yesterday (2019)
dezembro 12, 2019

Filme – Yesterday (2019)

A música que você conhece, a história que você não conhece

Juntos, Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon começaram a banda Queen, que revolucionou o cenário da música nos anos 70. Mercury é um cantor talentoso e de personalidade singular, mas os excessos começam a representar um problema para o futuro da banda. O filme é um relato dos anos que antecederam a lendária aparição da banda Queen no concerto Live Aid, em 1985.

Surgida na década de 70, a banda Queen foi um dos maiores fenômenos musicais do século XX. Em pouco mais de duas décadas, a mistura de gêneros resultou em uma carreira cheia de clássicos marcantes, como “We Will Rock You” e “We Are The Champions”. O rosto mais conhecido da banda era o vocalista Freddie Mercury, um dos homens de frente mais carismáticos do Rock e com uma vida tão intensa quanto suas performances.

Bohemian Rhapsody (2018)

O filme Bohemian Rhapsody com direção de Bryan Singer mostra o sucesso meteórico da banda através de suas canções icônicas e som revolucionário, a quase implosão quando o estilo de vida de Mercury sai do controle e o reencontro triunfal na véspera do Live Aid, onde Freddie Mercury (interpretado por Rami Malek), agora enfrentando uma doença fatal, comanda a banda em uma das maiores apresentações da história do rock. Durante esse processo, foi consolidado o legado da banda que sempre foi mais como uma família, e que continua a inspirar desajustados, sonhadores e amantes de música até os dias de hoje.

Foi bom acompanhar o filme para se conhecer um pouco da história do Queen, embora não siga uma sequência cronológica exata dos fatos. Eu costumo escutar algumas músicas da banda, mas confesso que nunca fui muito fã, apesar de ouvir essas canções de forma esporádica. O filme centra mais na vida artística e pessoal de Freddie, muito embora Brian May, John Deacon e Roger Taylor também tenham papel fundamental de destaque na história. É um filme sobre o Queen, só que com um pouco mais de ênfase no Freddie, a lenda, o mito. Claro, mostrando Freddie em sua vida pessoal aqui, ele não parecerá mais tão mito assim, Freddie não foi um bom exemplo de pessoa, teve seus momentos infelizes, e teve seus momentos felizes, que valem a pena a gente conhecer.

Falando de música, Bohemian Rhapsody é excelente. A produção conseguiu recriar os concertos e gravações do Queen e conseguiram realmente trazer a força musical da banda e o poder de suas canções, que se mostram atuais e relevantes após tantos anos. Os realizadores e atores se esforçam para reproduzir à perfeição figurinos, gestos e trejeitos dos músicos e o bom uso das câmeras e de enquadramento cumprem uma função interessante de colocar o espectador dentro do palco, em meio aos músicos, curtindo o som, vendo o público e se emocionando com a troca entre os artistas e público, especialmente, no concerto final do Live Aid, que cumpre um papel fundamental na trajetória do grupo. Recomendo!
Filme – Bohemian Rhapsody (2018)
dezembro 12, 2019

Filme – Bohemian Rhapsody (2018)

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Nós gostamos de assistir!

Truman Burbank é uma pessoa normal como todas as outras. Porém, faz parte de um reality show, ou seja, desde que nasceu vive em uma cidade completamente projetada para ele, onde seus movimentos são monitorados 24 horas por dia e transmitidos para todo o mundo.

The Truman Show, 1998

Com direção de Peter Weir. O filme conta com a espetacular atuação dramática de Jim Carrey, que faz o papel de Truman Burbank, que é o centro de tudo aqui. Truman é uma farsa, “Literalmente falando”. Sua vida tem sido transmitida por um programa de TV paga 24 horas por dia. Seus pais o abandonaram e o diretor do programa resolveu fazer algo fútil que prendesse a atenção dos telespectadores. Ele mora em uma cidade cenográfica, com parentes e amigos cenográficos, um emprego cenográfico e o pior: ele não sabe de nada.

Naquele ambiente é recriada uma ilha chamada Seaheven – nome que vem da junção das palavras Sea (mar) e Heaven (refúgio, lugar seguro), um "refúgio à beira mar" – local em que vive desde a infância até a vida adulta; transmitida ininterruptamente durante 24 horas por dia, sete dias por semana, e visto por bilhões de pessoas ao redor do mundo através da TV.

Tem uma vida rodeada de mentiras, com câmeras embaixo do seu nariz registrando todos os seus atos. Não deixam de registrar nenhum passo seu, visto que nas ruas tem câmeras em todas as esquinas. Algo que é importante registrar é que, quando entra em um supermercado e compra algo, a marca acaba sendo divulgada, fazendo que com isso a popularidade do produto cresça. Mostra-se presente no filme o marketing, o merchandising. Uma câmera despenca do teto enquanto Truman dorme, deixando encabulado e cismado com tudo e com todos. Nos resta saber se Truman descobrirá o show feito às suas custas em breve ou não.

O filme é uma referência clara à alegoria do Mito da Caverna de Platão (427 – 327 a.C), presente no livro “A República”. Resumidamente, esse mito conta a história de cativos que, desde a infância, são presos em uma caverna sem jamais saírem daquela situação. Eles só podiam vislumbrar as sombras de objetos reais projetadas nas paredes através da luz, fazendo com que acreditassem “ser aquilo a realidade”.

Um ponto interessante em "O Show de Truman" é que a obra cinematográfica remete a atmosfera opressora presente em “1984”, livro do grande escritor e jornalista inglês George Orwell (1903-1950), no qual Estado é controlado pela figura do “Big Brother”, que se utiliza de telecâmeras para monitorar e manipular a vida das pessoas. Da mesma forma acontece no filme, porém, o foco está em Truman. E o personagem Christof (interpretado por Ed Harris), criador do programa, que faz alusão ao Big Brother (O Grande Irmão) da obra de Orwell.

Embora o público saiba que Truman vive confinado desde o nascimento em um estúdio privado de sua liberdade, não se comove com tal fato e muito menos questiona a situação exibida ali. Veem aquele espetáculo com normalidade.

Ao longo do filme surgem situações estranhas em que leva Truman em busca de respostas. Com isso, dá inicio a jornada do herói que, segundo Joseph Campbell, no livro “O Herói de Mil Faces”, a aventura do herói é antes de tudo uma autodescoberta do indivíduo e do seu autodesenvolvimento.

O filme nos leva a refletir sobre tantas coisas. Todos temos um pouco de Truman dentro de nós. Estamos sempre tentando sermos diferentes uns dos outros e acabamos sendo todos iguais, e com os mesmos ideais. Truman ansiava por liberdade, acredito ser esse um dos nossos maiores trunfos e busca por ideal de vida. Ser livre requer uma dose extra de coragem para que possamos transgredir nossos valores mais obscuros. Algo que notei, foi a alusão do nome Cristof à Cristo. Seu desejo incontrolável de controlar a vida de Truman, chega a se aproximar de um deus que manipula nosso livre arbítrio, mas que no fundo nos ama a sua maneira. Foi apenas algo que notei, mas não que eu concorde. Enfim, é um daqueles filmes que quando os créditos finais começam a subir, você já começa a refletir e se pega algumas horas pensando sobre a temática e como a nossa vida também é manipulada pelas grandes mídias e pela sociedade como um todo. Recomendo a todos!
Filme – O Show de Truman: O Show da Vida (The Truman Show, 1998)
novembro 19, 2019

Filme – O Show de Truman: O Show da Vida (The Truman Show, 1998)

Ele terá de superar mais que a tristeza por um novo amor.

O compositor de jingles Manny Singer fica viúvo. A dificuldade em criar sua filha de sete anos o leva a contratar uma babá. Assim, chega em suas vidas a elegante, educada e bem humorada Corina, uma jovem recém formada mas desempregada por ser negra. A espirituosa babá logo conquista a simpatia da garotinha, mas quando se vê atraída pelo patrão, a situação se complica.

Corrina, Corrina, 1994

Assisti há anos no SBT no Cinema em Casa e um tempo desses consegui rever pela HBO Family. O filme se passa em 1959 e lá conhecemos Manny Singer (interpretado por Ray Liotta), um compositor de jingles, que acabou de ficar viúvo e que de uma hora para a outra se vê tendo que cuidar de Molly (interpretada por Tina Majorino), sua filha de sete anos, que acabou parando de falar devido ao trauma causado pela morte da mãe. Devido a seu luto e como lidar com a filha, Manny começa a procurar desesperadamente uma babá, devido a falta de tempo causado pelo seu trabalho. Com isso, entrevista vários candidatas e rejeita todas até encontrar Corina Washington (interpretada por Whoopi Goldberg), que se formou recentemente mas não consegue arrumar nenhum trabalho por ser negra. Quando ela começa o trabalho, se vê com uma grande missão que é se comunicar com Molly.

Ao longo do filme vemos a relação entre Molly e Corina evoluir de uma forma muito bonita, onde ela passa a ter a babá como sua "nova mãe" e confidente, o que acaba por nos brindar com ótimos momentos, não apenas das duas, mas também com os divertidos e carismáticos sobrinhos de Corina. Além disso, Corina e Manny começam a desenvolver uma forte amizade por terem coisas em comum, como o amor pelo jazz, já que a babá tinha o sonho de ser crítica musical. A cena de Molly e sua avó cantando Let It Shine em um determinado momento é apenas de partir o coração.

Entre mais coisas boas do filme, há um forte debate sobre o racismo nos EUA na década de 60, a descriminação e como um relacionamento interracial não era aceito na sociedade. Corina é negra e Manny e Molly judeus. O conflito está armado para se desarmar. A família frágil emocionalmente pela morte da mãe também é um ponto muito bem explorado. As consequências na personalidade de cada um são claras. O filme ganha o espectador pela sua simplicidade e também pelas excelentes atuações de Goldberg e da menina. É um clássico!

A canção ''Corrina Corrina'' de Ray Peterson inspirou o filme. A música teve regravações de Bob Dylan e Eric Clapton.


Filme – Corina, Uma Babá Perfeita (Corrina, Corrina, 1994)
novembro 19, 2019

Filme – Corina, Uma Babá Perfeita (Corrina, Corrina, 1994)

sábado, 2 de novembro de 2019

Jogue os dados e prepare-se para uma grande aventura.

Em 1969, Alan Parrish descobre um baú que contém um misterioso jogo chamado Jumanji. Ao começar a jogar com sua amiga Sarah, Alan é transportado para uma selva e Sarah, ao ver o que houve, se assusta e não continua o jogo. Consequentemente Alan fica preso por 26 anos, até que os irmãos Judy e Peter descobrem o jogo e começam a jogar. De repente os números se repetem e Alan aparece agora com 38 anos juntamente com os perigosos animais da selva. Agora, os três têm que encontrar Sarah e terminar o jogo, antes que tudo seja destruído.

Jumanji

Baseado no livro homônimo de 1981, escrito e ilustrado por Chris Van Allsburg, Jumanji é sobre um jogo de tabuleiro que, conforme é jogado, traz para nossa realidade - através de frases rimadas - elementos como animais, plantas e até um caçador de pessoas. Para que tudo volte ao normal, é preciso terminar o jogo e proferir seu nome.

O filme começa em 1869, quando dois garotos, após alguma experiência traumática, decidem enterrar o tabuleiro e que "Deus tenha piedade da pessoa que desenterrá-lo". Cem anos depois, o garoto Alan Parrish (interpretado por Adam Ann-Byrd) descobre o jogo no meio de uma construção. Ele tinha sido atraído pelo som de tambores africanos -- aparentemente, o meio que jogo usa para escolher seus jogadores, sempre crianças. Junto com sua amiga Sarah Whittle (interpretado por Laura Bell Bundy), eles começam a jogar "Jumanji". Alan é sugado para dentro do jogo e só sai depois que alguém tirar 5 ou 8 nos dados. Sarah é atacada por morcegos e foge desesperada. O tempo passa. Uma nova família se muda para a mansão dos Parrish: uma tia e seus dois sobrinhos, os irmãos Judy (interpretado por Kirsten Dunst) e Peter (interpretado por Bradley Pierce) Shepherd, cujos pais morreram num acidente. Jumanji também os atrai com o barulho dos tambores e eles começam a jogar.

Após mosquitos de picada mortal e macacos aparecerem, Peter tira um dos números que Alan precisava para voltar. Agora vivido por Robin Williams, Alan ainda os ajuda a lidar com um leão que havia saído do jogo. Todo esse tempo, 26 anos, ele passou numa selva que existe dentro de Jumanji. Com tristeza, descobrimos que seus pais já morreram e que a Fábrica Parrish faliu, pois o pai usou todo o dinheiro para encontrá-lo. Por consequência, a cidade também foi levada à falência. Alan se mostra bastante resistente a principio, mas acaba aceitando voltar a jogar, pois, de acordo com o próprio jogo, assim que finalizado, tudo voltaria ao normal. O problema é que é a vez de Sarah e eles precisam ir atrás dela. Ela agora atende por Madame Serena, uma adivinha. Sarah (interpretada por Bonnie Hunt), extremamente traumatizada com os acontecimentos passados, desmaia assim que descobre que o indivíduo junto de Peter e Judy é Alan. Ele a carrega até a mansão e a faz jogar.

Jumanji é o típico filme capaz de agradar a qualquer criança e pré-adolescente. Como era divertido esperar para mais uma reprise do filme na Sessão da Tarde e ver o jogo jumanji praticamente invocando animais sabe-se lá da onde. E tocando o terror. Sem dúvidas um clássico e é amado por muitas pessoas devido ao seu estilo aventureiro, cheio de humor e carisma e que ainda consegue nos levar à caminhar por diversas emoções ao longo do filme, brincando com enigmas e fantasias de uma forma instigante e divertida. Esse é um filme que vale a pena rever por muitos anos. Recomendo!
Filme – Jumanji (Jumanji, 1995)
novembro 02, 2019

Filme – Jumanji (Jumanji, 1995)

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

O atemporal conto de Arthur Miller em julgamento.

Na Salem do fim do século XVII, mulheres são acusadas de bruxaria, o que mobiliza a cidade. Em pouco tempo, os dedos estão sendo apontados para todos os lados, mesmo sem motivo aparente. Para tentar controlar esse caos, surge a figura de um inquisidor, e os casos irão a julgamento.

Winona Ryder interpreta Abigail Williams

O filme é baseado na consagrada peça "The Crucible'' ("O Cadinho'', em tradução literal, 1953), do dramaturgo americano Arthur Miller (1915-2005). O próprio fez a adaptação para o cinema, o que lhe valeu uma indicação ao Oscar de melhor roteiro adaptado. A peça é inspirada na história real de uma perseguição a bruxas e espíritos demoníacos que teriam se manifestado na puritana aldeia de Salem, no estado americano de Massachusetts.

Corria o ano de 1692 quando a semi-escrava negra Tituba foi falsamente acusada de enfeitiçar um grupo de meninas, num suposto ritual de dança e evocação de espíritos demoníacos. O ''ritual'', que não passava de uma brincadeira de moças fazendo pedidos de casamento ao fogo, foi interpretado como feitiçaria pelo reverendo da cidade, que flagrou as meninas em ação. As garotas seriam publicamente denunciadas como bruxas e condenadas à forca, especialmente porque duas delas entraram num inexplicável coma após o flagrante.

Para salvar-se da forca, a líder do grupo, Abigail Williams (interpretada por Winona Ryder), seguindo o exemplo de Tituba, confessa que todas foram possuídas pelo demônio e rogam por salvação. Estabelece-se um pacto entre elas, que se dizem perseguidas por visões em que vários habitantes da aldeia aparecem como praticantes de bruxaria.

O falso sofrimento das meninas comove os juízes religiosos e a comunidade de Salem, que passa a acatar as ``revelações'' do demônio e a prender arbitrariamente todo e qualquer cidadão denunciado pelas visões das moças. Começa uma onda de perseguição, vingança e histeria coletiva que leva ao total descontrole a aldeia mergulhada no obscurantismo religioso.

Naquela época, tanto a Inglaterra quanto suas colônias nutriam a crença na intervenção de Deus e do diabo no mundo terreno, manifestando-se este último de várias formas, inclusive por meio de feiticeiros. Sabe-se que na Escócia, entre 1560 e 1600, foram executados 800 bruxos e bruxas, numa média de quatro por semana. Mas o objetivo final da protagonista de "As Bruxas de Salem'', Abigail, é vingar-se de John Proctor (interpretado por Daniel Day-Lewis), o amante casado que a desprezava.

Winona Ryder e Daniel Day-Lewis em cena

Quando investigadas por seus atos de bruxaria, os acontecimentos se desdobram numa histeria coletiva com graves consequências sociais. Várias pessoas são acusadas injustamente por Abigail, entre elas, a esposa de John. A partir deste momento inicia-se um julgamento cheio de oscilações éticas, “verdades secretas”, jogos de poder e alienação típica de uma sociedade dominada por dogmas religiosos. Interessados em arrendar terras vizinhas, pais solicitavam as suas filhas que denunciassem os prováveis envolvidos, ganhando assim mais território, em suma, uma era de traições, destruição de famílias e intrigas.

Enfim, um ótimo filme. Já comentei algum outro filme aqui no blog que tem esses mesmos efeitos nefastos da ignorância, e claro, aqui ainda temos o fanatismo religioso em uma comunidade no ano de 1692. Seria cômico se não fosse trágico ver a que ponto a histeria em Salém chegou, com vizinhos acusando os outros de bruxaria a menor suspeita e pessoas sendo julgadas e executadas com base em fofocas e acusações infundadas, o que nos leva as ''fake news''. Isso parece ser tão atual, principalmente no plano político no qual estamos vivenciando. Mudam-se os tempos, muda-se o contexto, mas permanece a conjuntura. Recomendo!
Filme – As Bruxas de Salém (The Crucible, 1996)
outubro 31, 2019

Filme – As Bruxas de Salém (The Crucible, 1996)

Quem disse que não existem fantasmas?

James Harvey, um psicólogo especializado em fantasmas muda-se com sua filha para uma casa mal-assombrada. James tem como objetivo exorcizar os fantasmas do local para assim encontrar um tesouro escondido. Porém, os fantasmas não querem a presença de "humanos" e começam a fazer travessuras, com exceção do fantasma Gasparzinho, que deseja fazer um amigo.

Casper, 1995

Algumas pessoas passam a vida sem nem mesmo questionar as regras.
Um "terapeuta de fantasmas" (interpretado por Bill Pullman) chega em uma sombria mansão acompanhado de sua filha (interpretada por Christina Ricci). Ele foi contratado por uma milionária (interpretada por Cathy Moriarthy), que pretende exorcizar os fantasmas do local para assim poder obter um tesouro escondido no casarão. Mas os fantasmas não querem a presença de "humanos", com exceção de um bom fantasma, que deseja fazer um amigo. Então "Gasparzinho" conhece Kat e ele mostra a ela uma máquina que seu pai inventara antes de morrer na tentativa de revivê-lo.

No entanto, acidentalmente durante a trama, o pai de Kat acaba vindo a falecer e se transformando em um fantasma. "Gasparzinho" então acaba por usar a única dose da máquina que transforma fantasmas em pessoas vivas para reviver o pai de Kat, sacrificando sua única chance de voltar à vida. Com o ato bondoso de "Gasparzinho", a mãe já falecida de Kat surge como anjo e realiza o sonho de "Gasparzinho" de voltar à vida até as 22 horas. Em um ato apaixonado, "Gasparzinho", agora humano, beija Kat, se transformando em um fantasma novamente quando o seu tempo como humano finaliza.

É simplesmente um clássico. Não é apenas infantil, mas sim um filme para toda família. Dosa de forma muito inteligente a comédia e a seriedade, principalmente sobre valores como amizade e a gratidão. Marcou minha infância e uma vez ou outra consigo assistir por aí quando vejo em exibição, seja na TV ou no Streaming. Recomendo!
Filme – Gasparzinho, o Fantasminha Camarada (Casper, 1995)
outubro 31, 2019

Filme – Gasparzinho, o Fantasminha Camarada (Casper, 1995)

Começa a magia

Ao completar 11 anos, Harry Potter descobre que é órfão de um casal de bruxos e que tem poderes mágicos. Logo começa a maior aventura de sua vida, na Escola de Hogwarts, onde ganha amigos fiéis e descobre a verdadeira história por trás da morte de seus pais. Baseado no primeiro livro da série Harry Potter, escrita por J.K. Rowling.

Harry Potter And The Sorcerer's Stone, 2001

Quem nunca quis receber a sua carta de Hogwarts aos onze anos de idade? Quem nunca sonhou em praticar feitiços ou jogar quadribol? É difícil encontrar uma saga que tenha marcado tanto uma geração quanto Harry Potter. E a chave para todo o sucesso foi a genialidade e criatividade de J.K. Rowling, autora de todos os livros, que a tornaram uma das maiores estrelas literárias de todos os tempos. Ao longo de sete livros, a escritora construir uma história muito bem desenvolvida, estruturada em bases fortes e relacionáveis a muitos públicos, realmente envolvente.

O primeiro filme da saga, Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Sorcerer's Stone, no original) dirigido por Chris Columbus, lançado em 2001, nos introduz a esse universo mágico, contando a história de um menino órfão de dez anos, que vive em Londres com seus tios desprezíveis e com o primo que o inferniza diariamente.  

Harry (interpretado por Daniel Radcliffe) é um menino órfão de dez anos que mora com os tios Válter e Petúnia e seu terrível primo Duda. Maltratado pelos parentes, o garoto dorme em um armário que fica embaixo da escada, além de apanhar do primo o tempo inteiro. Em seu aniversário de onze anos, uma coisa estranha acontece: ele é levado por um atrapalhado gigante até a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Lá ele conhece Hermione (interpretada por Emma Watson) e Ron (interpretado por Rupert Grint). Mal sabia ele que, ainda bebê, havia derrotado o cruel e temido Voldemort – e que este aguardava a vingança.

Logo nas primeiras cenas somos levados na rua dos Alfeneiros, onze anos antes, com Dumbledore, McGonagall e Hagrid depositando o pequeno Harry na casa dos tios. Depois há um salto no tempo. O clima do filme é infantil, afinal o protagonista tem apenas 11 anos. Então, os perigos na história não ficam tão claros, Voldemort é apenas um nome impronunciável que Harry ainda não tem noção do quão maléfico pode ser. Apesar de que somos apresentados a cicatriz de Harry em formato de raio na testa e isso aí já da pra imaginar o que pode vir mais a frente. E justamente por ter sobrevivido ao assassinato de seus pais, isso o torna tão famoso na comunidade bruxa, sendo conhecido como “o menino que sobreviveu”, ao mesmo tempo em que o vilão desapareceu após a fatalidade. O que todos temem, no entanto, é que ele não esteja morto, e sim apenas preparando seu retorno de modo triunfal e catastrófico.

Conheci o filme em 2002 quando a operadora de tevê por assinatura Sky fazia a venda do filme em seus canais premium. Então eles geralmente colocavam 5 minutos do inicio do filme, foi aí que descobri ''Harry Potter'' e pensei “Que filme legal!”. Lembro que quando chegava na cena em que Harry encarava uma cobra em um zoológico com seus tios e o primo chato, a operadora acabava cancelando o sinal e eu ficava apenas com o gostinho de quero mais, quero mais assistir. Só fui ver o filme tempos depois.

Harry Potter e a Pedra Filosofal é um ótimo começo do universo de J.K. Rowling, emociona quem cresceu lendo a obra original, aguça a curiosidade para quem quer conhecer o restante da história e traz um apetite insaciável para filmes de fantasia, o que justifica todo o sucesso que fez ao redor do mundo, criando milhões de fãs que permanecem fiéis até hoje a esse universo de magia e bruxaria. Porque, na verdade, é muito mais do que uma história de magia para crianças. É uma história sobre perda, amadurecimento, transformações e, acima de tudo, o poder do amor e da amizade, tudo o que precisamos nesse mundo trouxa em que vivemos. Recomendo!
Filme – Harry Potter E A Pedra Filosofal (Harry Potter And The Sorcerer's Stone, 2001)
outubro 31, 2019

Filme – Harry Potter E A Pedra Filosofal (Harry Potter And The Sorcerer's Stone, 2001)

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

A vida não é feita de minutos, mas de momentos.

A história de um homem que nasce com 80 anos de idade e envelhece "ao contrário". Um homem, como qualquer um, incapaz de parar o tempo. Esse é Benjamin Button. Um homem que nasce com 80 anos e vai rejuvenescendo com o tempo. Ao final da Primeira Guerra Mundial, em Nova Orleans, Button conhece sua amada, Daisy, e começará a viver as alegrias da vida e tristezas da morte.


Eu nasci em circunstâncias incomuns…

Assim começa o filme “O curioso caso de Benjamin Button”, adaptação do romance de 1920 de F. Scott Fitzgerald sobre um homem que nasce com mais de oitenta anos e vai rejuvenescendo com o passar do tempo. A história, nada convencional, inicia em 1918 – final da I Guerra Mundial – e segue até o século XXI. Para se ter uma ideia da “estranheza” da biografia de Benjamin Button, com dezoito anos ele tinha aparência de um homem de cinqüenta e aos setenta fazia peraltices como um garoto de dez anos.

Benjamin Button (no filme interpretado por Brad Pitt) é um bebê que nasceu com sérios problemas. A mãe faleceu logo após dar a luz, e o pai, ao vê-lo pela primeira vez, fica tão assustado que decide abandoná-lo na porta de desconhecidos. Mas lá mora uma alma caridosa, uma mulher que, mesmo não podendo ter filhos, sempre acreditou que realizaria este sonho. Ela percebe que aquela não é uma criança normal, e por isso chama um médico, que após analisá-lo, dá o seguinte diagnóstico: “certamente é um recém nascido, porém com todas as doenças de um velho de 80 anos – não deve sobreviver por muito tempo”. Mas, indo contra todas as expectativas, Ben decide viver. E a cada novo dia está melhor, mais vívido, mais jovem. E assim se dá a história do rapaz que nasceu velho e vai, pouco a pouco, rejuvenescendo.

O filme apresenta uma jornada tão incomum quanto emocionante, narrando a história de um homem diferente, das pessoas que cruzam seu caminho, dos amores que encontra e perde, das alegrias da vida e tristezas da morte e, principalmente, do que permanece além do tempo. A história parece absurda? Sim, mas aqui temos o excelente diretor David Fincher e a atuação impecável de Brad Pitt que traz a cada cena a energia e emoção na medida certa para cada idade representada.

Algumas pessoas nascem para se sentarem à beira do rio. Algumas são atingidas por raios. Algumas têm ouvido para a música. Algumas são artistas. Algumas nadam. Algumas vivem de botões. Algumas conhecem Shakespeare. Algumas… são mães. E algumas pessoas dançam.

Essa história, apesar de surreal, nos ensina a ver a vida de outro ângulo. Perfeito para refletirmos o quanto nos preocupamos com a aparência, mas, quando chega o fim temos que aceitar, por isso é melhor aproveitar todas as nuances da vida, porque tudo um dia se modificará, por mais que você tente dizer "não". Com certeza um dos filmes mais belos da década de 2000. Basta comovente e carregado de lições importantes sobre a vida. É tão envolvente que as quase 3h do filme passam rapidinho trazendo momentos inesquecíveis e um final arrebatador. Recomendo!
Filme – O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button, 2008)
outubro 30, 2019

Filme – O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button, 2008)

sábado, 26 de outubro de 2019

Você não conhecerá os fatos até ver a ficção.

Três histórias são apresentadas de forma não cronológica e se cruzam durante o filme. Em uma, conhecemos Vincent Vega e Jules Winnfield, dois mafiosos que devem fazer uma cobrança. Em outra história, Vincent deve levar a mulher de seu chefe para se divertir enquanto ele viaja, mesmo com todos os boatos que rodeiam o caso. Em outra, Butch Coolidge é um boxeador que deve lutar em um combate com vencedor pré-definido, mas que surpreende a todos, vence e foge com o dinheiro da luta para provar o seu valor, sendo perseguido logo após.

Pulp ou pulp fiction revista pulp, ou, ainda, revista de emoção, são nomes dados, a partir do início da década de 1900, às revistas feitas com papel barato, fabricado a partir de polpa de celulose.

- Wikipedia


É importante observar que a pulp fiction surgiu em 1896 nos EUA como uma opção de leitura e diversão para uma grande massa de trabalhadores que emigrava do campo para a cidade, formando o que seria chamado de sociedade de massas (o salário médio de um operário era de 7 dólares semanais e o preço dos pulps não pesavam no bolso).

Quentin Tarantino dirige esta homenagem à literatura pulp dos anos 40, contando uma história que envolve um gângster, um boxeador e dois assassinos profissionais. 

Vincent (interpretado por John Travolta) e Jules (interpretado por Samuel L. Jackson) são dois homens de confiança de um poderoso gângster chamado Marcellus (interpretado por Ving Rhames). O filme mostra uma noite e um dia na vida desses dois personagens ao mesmo tempo em que suas histórias se cruzam com a de um boxeador fracassado chamado Butch (interpretado por Bruce Willis). Nada mais são do que 4 contos em que violência e valores morais são discutidos.


John Travolta e Samuel L. Jackson em cena de Pulp Fiction, respectivamente.

Um dos grandes trunfos dos filmes de Tarantino são os diálogos. Sempre recheados de um humor negro bem interessante, Tarantino faz com que nós pensemos em muitos fatos considerados por nós como senso comum. Além disso, cada personagem é único per se: Jules sempre cita uma passagem do livro de Ezequiel antes de matar alguém, Butch tenta controlar o seu temperamento forte ao mesmo tempo em que lida com sua frágil e doce namorada Fabienne (interpretada por Maria de Medeiros), Wolf (interpretado por Harvey Keitel) é um bandido à moda antiga. O roteiro do filme revela o que existe de melhor e o de pior nas pessoas. Ainda temos Uma Thurman. Ela está muito à vontade no papel de Mia e a cena dela tendo uma overdose fala tudo sobre a personagem. Acredito que esse papel de mulher fatal a la Nikita caiu bem para ela, assim como vimos em Kill Bill (ainda não comentei no blog esse filme).

O filme é incrível e a forma como Tarantino nos conduz durante toda a narrativa não direto é simplesmente incrível e muito inovadora para a época em que o filme foi lançado. Além disso, o elenco de peso dá um toque especial. É claro que Pulp Fiction atravessou o universo cinematográfico e passou a fazer parte da cultura pop. Definitivamente é um dos clássicos que precisa ser assistido. Recomendo!
Filme – Pulp Fiction: Tempo de Violência (Pulp Fiction, 1994)
outubro 26, 2019

Filme – Pulp Fiction: Tempo de Violência (Pulp Fiction, 1994)

Para combater o inimigo, ela deve se tornar um deles.

É final do verão de 1944, e quando o esconderijo da linda cantora judia Rachel Steinn é acidentalmente bombardeado por aviões de guerra, ela decide se unir a um gripo de refugiados judeus para escapar para o território aliado. O barco onde eles estavam é interceptado por uma patrulha alemã e todos são selvagemente mortos, e apenas Rachel escapa. Ela entra para a Resistência, já com o nome Ellis de Vries, e se torna amiga de um alto oficial alemão chamado Müntze, que acaba por oferecê-la um emprego. Quando um plano da Resistência - que envolve Ellis - de resgatar camaradas aprisionados vai terrivelmente errado, ela é acusada de traição pela resistência e pelos alemãos. Um flashback reconta a trajetória da moça, uma ex-cantora durante os últimos anos do conflito entre nazistas e aliados.

A Espiã (Zwartboek, 2006)

Tô ainda sem palavras para dizer sobre esse filme, mas vou tentar. A história é sobre a judia Rachel Stein (interpretada por Carice van Houten). Para se infiltrar junto aos alemães, a moça se transforma na cantora Ellis de Vries, quando se torna espiã para a Resistência. Aos poucos o espectador percebe a coragem da personagem e a força para lidar com a perda de tantos familiares e amigos próximos, além da garra de vencer naquilo que lhe foi proposto e confiado.

Filme europeu, produzido na Holanda, falado em alemão e em algumas vezes em um dialeto holandês. A Espiã é a prova que não é preciso ser uma produção americana para se contar uma excelente história. Realizado pelo competente cineasta holandês Paul Verhoeven, “A Espiã” é um filme que combina gêneros os mais diversos como guerra, romance, drama, história, ação e suspense, tudo contado com maestria.

Carice Van Houten interpreta Rachel/Ellis

A atriz Carice van Houten, que vive Rachel/Ellis que também interpretou Melisandre em Game of Thrones, tem uma atuação impecável. No início, ela aparece como uma personagem ingênua, delicada… depois surge como um vulcão… atraente, pronta para derrubar um por um com as suas curvas de dar inveja a qualquer mocinha! Incrível, adorei! Olha, poucas atrizes têm esse poder na tela. Muito sensual ao mesmo tempo com um olhar doce e inocente. Ela lembrou aquelas atrizes de primeira linha de Hollywood dos anos 40/50. 

Destaque também para a trilha sonora que te envolve mais ainda na trama. Muito melhor do que aparenta. Depois que o filme termina, você se pega pensando em várias coisas e percebe um infinito de sutilezas que não apareceram à primeira vista devido a tantas reviravoltas na história. É incompreensível um filme tão bom, não ter sido devidamente divulgado ou nem sequer ter sido indicado ao Oscar, porém durante o Festival de Cinema Neerlandês de 2008, o filme foi eleito o melhor filme de todos os tempos. Vale realmente a pena assistir recomendo!
Filme – A Espiã (Zwartboek, 2006)
outubro 26, 2019

Filme – A Espiã (Zwartboek, 2006)

sábado, 12 de outubro de 2019

Dando continuidade ao especial ''Dia das Crianças'' aqui do blog, trouxe mais uma lista direto da minha mente: 7 filmes de animações. Filmes que marcaram algum momento da minha infância. Personagens, músicas e cenas marcantes que permaneceram vivas na minha memória, mesmo depois de 'mil anos' sem assistir alguma delas.



Começo com a minha favorita...

1. Anastasia
(Anastasia, 1997)

Durante a Revolução Russa, a princesa Anastasia é a única representante da família real que escapou com vida. Porém, sua avó não sabe disso e oferece uma recompensa para quem encontrá-la. Sabendo disso, em Moscou, Dimitri e Vladimir se esforçam para encontrar uma jovem que se aparente com a princesa desaparecida, mas por sorte acabam encontrando a própria, que não se lembra de nada sobre o seu passado. Agora os dois farão de tudo para ajudá-la, já que Dimitri está apaixonado por ela.

Uma animação musical inesquecível, do gênero aventura e drama, produzido e dirigido por Don Bluth e Gary Goldman. O filme é uma animação produzida pela Fox Animation Studios e não pela Disney, como muitos pensam.

Por último, mas não menos importante, Anastasia também recebeu indicações para vários prêmios, incluindo, a dois cobiçados Oscars de Melhor Canção Original (pela música "De Volta ao Passado") e Melhor Musical.

Ainda hoje a história da princesa Anastasia me fascina, também aprendi a admirar da família Romanov. Sobre o filme animado, me apaixonei por esse conto depois que a operadora de TV por assinatura Sky fez uma enxurrada de reprises da animação dos seus canais de venda de filmes. Eu assistia literalmente dia e noite sempre. Aprendi falas, aprendi as músicas, aprendi a amar aquele filme. E o mais legal disso, é que mesmo assistindo agora adulto, vejo que a animação realmente tem muita qualidade e não é idiotizada igual muitas outras que eu acompanhava naquela época e hoje em dia não suporto mais. Enfim, ótimo filme e que vale a pena assistir com toda a família. 

2. Era uma vez na Floresta
(Once Upon a Forest, 1993)

A ratinha Abigail, a toupeira Edgar e o ouriço Russel vivem felizes na floresta. Até que um dia, gases tóxicos lançados pelo homem começam a ameaçar a sobrevivência dos animais, inclusive da amiga Michelle, que adoece. Agora, eles correm contra o tempo para salvar amigos e parentes da destruição causada pelos humanos.

Outro filme de animação de longa-metragem produzido em 1993 pela 20th Century Fox, baseado nos personagens Furlings criados pelo Rae Lambert, foi dirigido por Charles Grosvenor e produzido por David Kirschner.

É um daqueles filmes antigos, de 93, que contam fábulas de uma forma simples e divertida. Até hoje não entendo porque se fala tão pouco nesse filme, mas recomendo para todo mundo.

3. Tarzan
(Tarzan, 1999)

Um jovem órfão é criado na selva por gorilas. Porém, quando um grupo de pesquisadores chega ao local onde vive, Tarzan descobre que é um ser humano e que precisa escolher entre os dois mundos. Adaptação do romance de Edgar Rice Burroughs.

 “Tarzan” não é um filme que subestima a criança ou a imbeciliza. É sempre engrandecedor quando um longa voltado para o público infantil consegue tempo para tocar em questões que possuem uma certa consistência, como, por exemplo, o preconceito que o pequeno Tarzan sofre dos demais macacos, a pressão que o protagonista recebe de Korchak apenas pelo fato de ele ser quem ele é, e, até mesmo, as agressões do ser humano contra os animais e o meio ambiente. Com certeza, um projeto infantil da Disney muito corajoso, justamente por inserir elementos sombrios na narrativa (ao menos eu não me lembro de ver manchas de sangue em nenhum dos outros desenhos do estúdio, isso sem falar no destino de um dos personagens no terceiro ato, revelado através de uma sombra), demonstrando, com isso, um respeito pela inteligência da criança.

Com belas canções, o que também era habitual nas animações mais clássicas do estúdio, e com uma paleta de cores vivas extremamente rica “Tarzan” surpreende e cativa pela forma com que nos mostra como o mundo é vasto e inexplorado. E talvez seja justamente por conta disso que ele possua uma conexão tão forte aos olhos curiosos do público infantil. Com certeza, mais uma animação para entrar no rol de grandes obras do estúdio.

Um amigo do meu pai costumava alugar o VHS e levava pra eu assistir. Eu ficava fascinado pois amava demais o filme. Bons tempos!

4. Titanic: O Desenho
(Titanic: The Legend Goes On, 2000)

O que tem de qualidade nas três primeiras animações acima, chegamos ao #4 com total falta de qualidade, esse é TITANIC: O Desenho (hahaha).

Temos aqui a história de dois jovens, Angelica e William, que se conheceram no TITANIC, o maior navio do mundo para sua época. William é um jovem corajoso pertencente a uma nobre família, que viaja para os Estados Unidos a fim de completar seus estudos. Já a doce Angelica viaja com a gananciosa viúva Gertrude pela qual foi adotada, sofrendo todo tipo de maldade provocada por ela e suas horríveis filhas. A única esperança de Angelica em reencontrar a sua verdadeira mãe é a medalha que carrega no pescoço. Uma medalha que, por obra do destino, provoca o encontro entre os dois jovens que se apaixonam e lutam para sobreviver ao naufrágio, mudando assim os rumos da história...

O filme é uma animação Espanhol-Italiano de 2000 sobre o naufrágio do RMS Titanic, escrito e dirigido por Camillo Teti. Como a maioria das animações, aqui temos animais falantes e musicas. Mas nada disso parece ajudar nesse conto de fadas, usando o acidente real como plano de fundo. Tem notas e avaliações baixíssimas em sites especializados em filmes. Bem, revendo alguns trechos no Youtube vejo que a animação é realmente ruim.

Decidi incluir a animação na lista, muito por conta da nostalgia. Lembro que eu até curti (eu era criança e amava o TITANIC de todas as formas). Minha prima e eu fomos na locadora que tinha na cidade e tinha um cartaz grande lá da animação, acabamos locando o filme, na época em VHS. 

5. Os Incríveis
(The Incredibles, 2004)

Partindo para a era das animações 3D, temos o ótimo ''Os Incríveis''. Logo no inicio, temos ''flashbacks'' de eventos que levaram um Super-herói ser processado após salvar um suicida da morte certa. Isso gerou uma onda de processos em cima do governo, que decide proibir as ações heroicas na cidade, por não ter dinheiro para arcar com todas as indenizações. 

É aí que temos os "Supers" — seres humanos dotados de superpoderes — uma vez foram vistos como heróis, mas os danos colaterais de suas várias boas ações levaram o governo a criar um "programa de realocação de ''Supers", forçando os Supers a se encaixarem entre os civis, não usando mais seus superpoderes. 

Entre os ''Supers'', temos Beto e Helena Pêra (que era o Sr. Incrivel e a Mulher Elastica), se casaram e agora têm três filhos: Violeta, Flecha e o bebê Zezé, na cidade de Metroville.

Quinze anos depois, uma misteriosa jovem chama o Sr. Incrível para uma missão secreta, enfrentando algo que ameaça a integridade da Terra novamente. Assim começa o filme!

A ação é... incrível e os cenários, belíssimos, mas é justamente no que tem de mais humano, de menos superpoderoso, que o filme da Pixar nos pega de surpresa. Eu assisti que acabei 'exagerando'. Um vizinho amigo tinha o DVD do filme e eu ficava assistindo sempre, até mesmo os extras que continha lá. Criança sendo criança, nunca cansa, né? Mas acho que cansei nessa fase adulta, fui assistir a sequência Os Incríveis 2, e eu estava torcendo para o filme acabar logo. Adulto é chato, né? Com certeza!

6. A Era do Gelo
(Ice Age, 2002)

Na era glacial, um grupo de animais formado por um bicho preguiça, um mamute, um tigre dente-de-sabre e um esquilo parte para o sul em busca de um clima mais quente. Durante a viagem encontram uma pequena garotinha que está perdida. Agora eles enfrentarão vários perigos e farão de tudo para levar a garotinha de volta para os pais. Com muita criatividade e diversão, assuntos como aquecimento global, extinção de espécies e mudanças climáticas são temas centrais dessa aventura, que a partir da luta dos animais pela sobrevivência nos faz refletir sobre a situação ecológica vivida atualmente.

A Era do Gelo foi outro grande sucesso do começo dos anos 2000. O filme ganhou sequências, o que permitiu acompanhar a evolução da animação 3D no decorrer dos anos. Mesmo permanecendo com um gráfico estilizado, o nível de realismo dos animais e do cenário impressiona. Os blocos de gelo que pareciam de borracha, ganharam mais textura, passando inclusive a sensação de frio. 

Confesso que não acompanhei essas outras sequências, com exceção do segundo filme, os outros eu não vi. Enfim, ótima animação que da pra se divertir, mesmo depois de velho.

7. Procurando Nemo
(Finding Nemo, 2003)

Nemo é um peixinho simpático e sonhador que é capturado por um dentista, enquanto mostrava o quanto era corajoso para seus amigos. Seu pai parte então em uma inesquecível aventura para trazer seu único filho de volta para casa, enquanto enfrenta toda a imensidão das águas do oceano. Oscar de Melhor Filme de Animação.

No filme há grandes aprendizados, como na uma apresentação do ecossistema marinho a partir da aventura de um peixe-palhaço, o Nemo, que capturado por um pescador vai parar em um aquário, fazendo com que seu pai saia numa busca incessante atrás de seu filho desbravando o Oceano com a ajuda de outros animais marinhos até encontrá-lo. O filme além de mostrar a biodiversidade marinha, ainda faz uma crítica à poluição dos mares. Com certeza vale a pena acompanhar. Além de ter gerado sequências, como Procurando Dory.


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Acompanhei muitas, mas aí a lista seria interminável, por isso decidi escolher apenas 7 delas que mais se fixaram na minha memória. 


Essa lista é um exemplo de como sinto falta também de animações 2d  que a Disney e que outros estúdios costumavam apostar. Muitas com músicas marcantes, personagens carismáticos e belíssimas histórias que além de entreter, nos ensinavam grandes lições. 

Por outro lado, as animações 3d chegaram 'chegando' e trouxeram muita qualidade e tem muita coisa boa aí pra assistir, mas não me cativa tanto como a 2d. Sendo sincero, acho que a simplicidade e todo aqueles traços generosos são o segredo, fazem eles serem mais especiais. 

Enfim, feliz dia das crianças e da criança que ainda habita em mim. Até a próxima lista do blog. Fui!
7 Filmes de Animações que Guardo na Memória
outubro 12, 2019

7 Filmes de Animações que Guardo na Memória

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Uma jornada extraordinária de quão longe podemos chegar lutando por nossa família.


Quando seu irmão é preso por assassinato e condenado a prisão perpétua em 1983, Betty Anne Waters, uma mulher de Massachusetts, mãe de dois filhos, resolve dedicar a sua vida para provar sua inocência e para isso ela está disposta a recorrer a tudo e a todos.

Hilary Swank em Conviction, 2010

Lançado em 2010 com direção de Tony Goldwyn. Esperança, dedicação e acima de tudo amor, e é amor que é capaz de superar todos os obstáculos da vida, e nesse caso o principal obstaculo é a injustiça. É nessa historia de amor entre dois irmãos interpretados por Sam Rockwell e Hilary Swank que "A Condenação" aposta. Baseado em fatos reais o filme acompanha a trajetória de Betty Anne Waters e Kenny Waters em busca de justiça.

Originados de um lar disfuncional, os dois encontravam em sua parceria infantil a coragem necessária para enfrentar a vida. Depois de anos conturbados, cheios de afastamentos e problemas de todos os tipo, eles estavam próximos novamente. Isso até Kenny ser preso por um assassinato que não cometeu, sendo condenado a prisão perpétua. Betty, que era uma garçonete e mãe de dois filhos, simplesmente não conseguiu ficar de mãos atadas. Diante de um julgamento parcial, provas inconclusivas e totalmente refutáveis, a mulher colocou sua vida de lado e entrou em uma faculdade de direito, para assim conseguir provar a inocência do irmão.

Ela perdeu tudo durante este processo. Seu marido lhe abandonou, e os filhos preferiram morar com o pai. As derrotas e injustiças para se chegar ao resultado final (que levou mais de 10 anos) foram praticamente insuportáveis - mediante a futilidade dos interesses por trás da condenação. Mas ela resistiu, e a recompensa veio através das novas técnicas investigativas criadas na época: o exame de DNA - outro elemento interessante explorado pela obra, que demonstra o quão falha era a justiça antes deste artifício e como diversos inocentes perderam anos atrás das grades, mesmo com a falta de evidências cabíveis. 

A condenação do irmão aconteceu em 1983. De lá para cá a ciência evoluiu fazendo com que as Leis se adequasse em aceitar novos meios de se provar algo. Era uma nova porta que se abria. Mas… Outros obstáculos pareciam não evoluir. Admitir que errara, era um deles.

O filme é mais que um drama de tribunal, é um drama de vida. Imagine só, a força transcendental do amor fraternal, que levou uma mulher que mal tinha chegado na faculdade, chegar a estudar Direito, tornar-se advogada, pegar o caso do seu irmão, atuar nele e conseguir fazer uma boa defesa e livrá-lo do restante de anos de condenação. É preciso muito amor e persistência. E nós, às vezes, desistimos de objetivos muito menores. Me tocou, me inspirou e me fez refletir. Recomendo!
Filme – A Condenação (Conviction, 2010)
setembro 24, 2019

Filme – A Condenação (Conviction, 2010)

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Seu maior trabalho irá ser seu maior crime.

Passando por problemas financeiros, a jornalista Lee Israel decide forjar e vender cartas de personalidades já falecidas, um negócio criminoso que dá muito certo. Quando as primeiras suspeitas surgem, para não parar de lucrar, ela modifica o esquema e passa a roubar os textos originais de arquivos e bibliotecas.

 Poderia Me Perdoar? (Can You Ever Forgive Me?, 2018)

Baseado em uma história real. Isso é o que temos logo no no começo do filme ''Poderia Me Perdoar?'' onde temos Melissa McCarthy vivendo uma figura real e polêmica: a escritora Leonore Carol Israel (1939–2014), que assinou as suas obras como Lee Israel. Além de estar fisicamente transformada, McCarthy incorpora com afinco uma mulher desagradável e no momento mais decadente de sua vida.

Lee Israel é uma escritora desconhecida entre os brasileiros. Iniciou a carreira no início dos anos 1960 sobretudo na função de freelancer. Já entre 1970 e 1980, avançou escrevendo biografias de nomes como Dorothy Kilgallen e Tallulah Bankhead. Nos anos 1990, o período retratado em “Poderia Me Perdoar?”, vem a escassez de oportunidades.

Durante os anos 70 e 80, Lee teve um pequeno destaque escrevendo biografias para editoras, mas era um trabalho sem vinculo e que não durou por muito tempo. O filme busca então retratar o período decadente de sua vida que seria o inicio dos anos 90. Ninguém desejava mais editar seus livros e sua agente lhe recomendou mudança de forma de escrever e uma boa repaginada nas roupas e no comportamento social para reintegrar-se ao mercado. Porém, o comportamento de Lee era indiferente, ela bebia demais e não parecia empenhada em fazer afagos às pessoas certas. Sofrendo de um bloqueio criativo e sem outra fonte de renda, Lee vê as contas se acumularem e os credores baterem à porta. A gota d’água vem com a doença do gato e a falta de grana para o tratamento.

Lee decide então vender seus livros e uma carta pessoal original que recebeu de Katharine Hepburn para uma compradora de antiguidades. Fazendo uma pesquisa para uma nova biografia sobre Fanny Brice, Lee encontra uma carta dentro de um livro e pega para vender, sem conseguir uma grande quantia devido ao conteúdo da carta. Surge assim a ideia de falsificar cartas de grandes personalidades da literatura e cinema. Com a ajuda de um velho colega, o irreverente Jack (interpretado por Richard E. Grant), monta um esquema para conseguir dinheiro. Porém quando é desmascarada, Lee entra para a lista negra de compradores fazendo com que ela parta para ações mais drásticas: o roubo de arquivos originais de bibliotecas.

Desmascarada e processada, Leonore Carol Lee Israel redimiu-se escrevendo sua autobiografia. O título ela tirou de uma frase de Dorothy Parker – ''Can You Ever Forgive Me?'' (que também leva o título do filme). Paradoxalmente, foram seus delitos que a devolveram à sua profissão de origem. O livro autêntico da falsária foi um sucesso e esta foi de fato a sua volta por cima. Recomendo!
Filme – Poderia Me Perdoar? (Can You Ever Forgive Me?, 2018)
setembro 03, 2019

Filme – Poderia Me Perdoar? (Can You Ever Forgive Me?, 2018)

Você não pode guardar esse herói em uma caixa

Mark Hogancamp é agredido por vários homens em um bar e entra em coma. Ele perdeu totalmente a memória, esquecendo da família e os amigos. Para recuperar suas lembranças, Mark constrói uma maquete em miniatura de uma cidade belga chamada Marwencol, com bonecos representando os familiares e amigos próximos.

Welcome to Marwen, 2018

Lançado em 2018, o filme “Bem vindos à Marwen”, conta a história real do Artista e fotógrafo Mark Hogancamp (interpretado por Steve Carell). No dia 8 de abril de 2000, Mark estava bebendo em um bar de Nova York e conversou com um grupo de 5 rapazes. Bêbado, ele revelou ao grupo que era cross dresser e que gostava de usar saltos altos. Ao sair do bar, Mark foi espancado brutalmente pelos rapazes e deixado à beira da morte. Mark passou dias em coma, e precisou de tratamento de fisioterapia e acompanhamento psicológico por mais de um ano. Mark teve seu cérebro danificado e apenas conseguia se lembrar de poucos fatos anteriores ao acidente. Mark construiu uma vila Belga em miniatura no jardim de sua casa, que ele chamou de “Marwencol”. A vila representava a Bélgica da 2a Guerra Mundial. Mark criou bonecos que representavam ele e seus amigos, e assim, criou histórias heroicas onde ele e suas amigas heroínas lutavam contra os nazistas. Essa foi a terapia que Mark encontrou para exorcizar seus fantasmas. Mais tarde, suas fotografias foram descobertas e montadas em uma exposição, fazendo enorme sucesso. Tudo parece ser encantado, pelo simples fato de Mark Hogancamp soltar a imaginação e dar vida aos bonecos. Contudo, é a amargura da realidade que dá consistência à trama.

Welcome to Marwen, 2018

O artista que era ilustrador da Segunda Guerra Mundial, precisa tomar diversos remédios, afinal, ele ainda sofre as consequências da agressão sofrida na saída do bar que o deixou em coma. Em meio a doses contadas de medicamentos e o trabalho num restaurante, Mark tenta seguir a vida. Claro que os bonecos são excelentes ferramentas para a superação, embora vilões também existam entre eles, seja um pequeno nazista ou uma fadinha ardilosa e dominadora. De fato, é a força da mulher que move toda a trama. Seja na admiração de Mark por sapatos femininos, incluindo uma grande coleção deles, ou por representar as melhores amigas em suas bonecas, incluindo a nova vizinha: a Nicol. Elas são decididas, sabem empunhar armas e usar munições como ninguém. Um dos trunfos também do filme é mergulhar no subconsciente de Mark e entender o que se passa com ele, a linha entre o que é ou não real é tênue e se confunde o que se está adaptando, se são as histórias que ele cria ou se são os acontecimentos da vida dele. O filme se faz na compreensão do que atravessa esses mundos, por que ele está criando aquela fantasia, o que cada coisa significa e como aquilo ajuda ele a se recuperar.

Já falei aqui várias vezes, quando começa o filme e vejo ''baseado em uma história real'' eu assisto até o fim. E assim assisti esse até o fim. Gostei da abordagem do estresse pós traumático de uma forma leve e inteligente. E acabei me lembrando de quando na infância eu brincava sozinho e montava cenários e estorinhas na minha mente, com personagens que ainda hoje tenho na memória. É realmente um filme que mexe com nossa imaginação e nos faz lembrar que podemos criar o mundo que nós quisermos para amenizar os problemas da vida real. As vezes a fantasia é a melhor válvula de escape. O filme também traz ótimos efeitos especiais o que me agradou bastante. Apesar de que achei a história um pouco ''arrastada'', mas tirando isso, é um bom filme e merece ser apreciado. Recomendo!
Filme – Bem-vindos à Marwen (Welcome to Marwen, 2018)
setembro 03, 2019

Filme – Bem-vindos à Marwen (Welcome to Marwen, 2018)